Das Mädchen in Rot - Chpt 10 [Portuguese - BR]
Das Mädchen in Rot [Portuguese - BR]
Descrição:
Das Mädchen in Rot (Alemão: A Garota de Vermelho) é uma adaptação sombria da história original escrita por Charles Perrault e os Irmãos Grimm. A adaptação conta a história de Nella, uma jovem que vivia com sua família em uma tribo e cujo pai foi morto por um Ser-Lobo negro (é como as tribos chamam os lobisomens) enquanto ele e um amigo salvavam a jovem Nella. Após atingir a maioridade, Nella foi convocada para fazer parte de um culto onde as mulheres adultas vestem um manto vermelho e partem da tribo para a casa da Grande Mãe para receber a benção dos ancestrais, a fim de manter os Seres-Lobo longe da tribo. De acordo com a Anciã, a casa da Grande Mãe fica nas profundezas da floresta — o mesmo lugar onde os Seres-Lobo e outras criaturas terríveis espreitam, atacando os visitantes que se aventuram sem um pingo de cautela.
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Introdução:
Há cerca de quinze Luas Cheias, uma antiga tribo vivia numa região onde viria ser uma floresta. Essa tribo era conhecida por venerar uma entidade mística cuja forma lembra um lobo.
Quando a primeira Lua Vermelha surgiu no céu, o povo daquela tribo começou a se transformar na imagem da entidade. Ninguém sabia o que aconteceu para eles se tornarem a imagem da entidade, mas diziam que o vento carregava vários uivos pelo mundo inteiro.
Uma noite, um pequeno grupo de caçadores adentraram na floresta à procura de comida. E quando avistaram o primeiro cervo para levá-lo à tribo, um enorme vulto apareceu e devorou três dos caçadores que entraram naquele lugar, restando apenas um deles para contar o que aconteceu. Ele disse que a criatura que matou os outros que foram com ele tinha a forma de um homem, mas a cabeça e pelos de um lobo.
E foi naquele dia que a tribo passou a temer a criatura lobo que atacou o nosso povo na floresta.
Capítulo 10
O dia amanheceu na floresta. William se aproximava de uma poça de água que se formou debaixo de um pinheiro. Estava gelada ao apanhar uma porção dela para lavar o rosto dele. Parte da franja dele ficou molhada, na qual ele chacoalhou como se fosse um lobo.
Num instante, ele viu a jovem Nella acariciando Hvit. A loba ainda sentia dor, mas não tanto quanto antes. Nella ofereceu um pouco de água em uma espécie de vasilha de argila. Deixando aquele objeto próximo da boca, a loba foi bebendo aos poucos. A mão da garota deslizava por entre os pelos dela, massageando a costela da loba. Sentia que a Hvit estava se recuperando da pancada dos lobisomens que foram atrás dela.
Ao mesmo tempo, William se aproximava das duas. Estava usando as calças que ele recuperou no momento que ouviu a voz da Nella quando estava cercada pelos lobisomens. As cicatrizes da luta com aqueles dois estavam curadas, mas ainda eram visíveis em forma de projeções avermelhadas na pele dele.
“William.” disse Nella, virando o rosto para ele enquanto Hvit bebia água na vasilha.
“Como está a Hvit?”
“Está se recuperando, mas consegue beber água sem a necessidade de muita ajuda.”
“Isso é bom.”
“E você? Como está?”
“Meus ferimentos estão se recuperando bem.”
Nella sorriu para o jovem rapaz. Em seguida, ela o notou que estava um pouco estranho. O olhar dele estava um pouco deslocado pra direita, como se ele tivesse com medo de falar algo.
“William, tá tudo bem com você? Você me parece que está um pouco diferente.”
“Diferente? Em que sentido?” perguntou ele com um olhar sério.
“Você está mais calmo, porém um pouco nervoso do que antes.”
“Eu estou bem, Nella. Só isso.”
A garota notou o rapaz virando-se de costas, com receio de falar naquilo.
Inquieta, Nella resolve fazer uma última pergunta. “William. Tem uma coisa que eu gostaria de te perguntar, mas… eu nunca tive a oportunidade de fazê-la. E eu quero que você seja sincero comigo.”
William permanecia de costas para a garota. A audição dele, ainda aguçada, captou a fala de Nella. “Fale, Nella. O que gostaria de me perguntar?”
Nella engoliu seco ao fazer aquela pergunta. Ela sabia que aquilo vinha muito do coração dela.
“Eu senti os seus lábios tocando nos meus. Por que fez aquilo?”
O garoto permanecia quieto enquanto estava nervoso em dar uma resposta com relação àquele ato.
“Não era nada.”
Nella sabia que ele não queria falar a verdade. No fim, ela o chamou outra vez, perguntando algo sério na qual guardou para aquele momento.
“Mesmo que você não queria que eu continuasse com a Grande Viagem, por que você se arriscou para me proteger?”
“É porque…”
Nella olhava para o rapaz com uma expressão inquieta. Ouvindo a resposta cortada dele.
“… é porque eu me importo com você e… gosto de você.” respondeu William, virando o rosto para vê-la.
Ouvindo aquilo, os olhos dela se arregalaram.
“Mesmo que eu não queria que você fosse ir adiante, eu fiz de tudo para protegê-la. Você é jovem, bonita, educada e bem sincera.”
A garota olhava para o colega dela com uma leve expressão de surpresa, porém aliviada.
“E… eu não sei o que é essa sensação, de gostar de alguém como você. Tanto que fui eu que beijei nos seus lábios. Mesmo que eu fiz coisas que não te agradaram, eu… eu queria te pedir desculpas por tudo isso.”
Ouvindo aquilo, Nella ficou quieta. Suspirou com aquela resposta do jovem William. Em seguida, ela sorriu.
“William, eu… não precisa se desculpar por isso.”
O rapaz olhava calmamente para a colega de viagem, mesmo com uma leve expressão de seriedade.
“Além do mais, eu fico feliz por ouvir a sua sincera resposta. E… eu também me importo com você. Eu nunca conheci outra pessoa que se arriscaria para me proteger, da mesma forma que os meus pais fariam. Se tudo isso acabar, talvez eu venha convidá-lo a conhecer a minha tribo e até a minha mãe. Quem sabe ela não aceite você a fazer parte da família.”
“Eu… talvez eu aprecie o convite. Mas, eu não sei se eles vão me aceitar do jeito que eu sou.” respondeu William, preocupado devido a natureza dele.
“Não se preocupe, William.” disse Nella, sorrindo com o intuito de tranquilizá-lo enquanto se aproximava dele.
Com aquilo dito, o garoto viu a Garota de Vermelho próxima dele. A mão direita dela apoiou-se no peito dele. Ele sentia a pulsação do coração dela fluir mais forte e mais rápido através daquele toque.
“Eu sei que pode parecer estranho no começo e o Chefe da tribo talvez tenha algum atrito com você, mas eles vão te aceitar. Assim como eu te aceitei em fazer da minha vida.”
William estava um pouco nervoso. Estava na presença de uma garota. As emoções o deixaram nervoso, com o coração dele batendo rápido.
“Você… quer isso mesmo?” perguntou o garoto, em tom baixo enquanto aproximava o rosto dele no dela.
“Eu quero, William. Eu quero que você seja mais do que o meu guardião e guia. Eu quero que você seja o meu companheiro para toda a minha vida.” respondeu a garota em tom baixo e sereno.
Num instante, William se aproximou do rosto de Nella, beijando primeiramente a testa dela. Em seguida o nariz, a bochecha esquerda e por fim os lábios. Nella retribuiu, beijando os lábios dele. Os dois jovens se entregaram aos sentimentos que tinham. As línguas deles percorriam o interior de suas bocas, tocando uma na outra.
Parando por um segundo, Nella se afastou do colega. As mãos dela se aproximaram do cordão que amarrava a capa vermelha, puxando-a para desatar o nó. Em seguida, ela deixou-a cair na terra e na grama. William ajudou ela a desfazer o cinto que prendia o vestido dela e por fim as vestes principais que cobriam o corpo dela.
Hvit permanecia deitada, bebendo a água da vasilha enquanto via os dois viajantes em um momento apaixonante. Parou de beber, deitando-se para descansar.
////
Em meio aquela manhã tranquila, os dois jovens apaixonados estavam ajoelhados na grama em uma região não muito longe da onde eles estavam. Suas vestes foram desfeitas e seus corpos estavam colados um no outro, sentindo o calor percorrendo de um para o outro. Nella permanecia abraçada em William, sentindo os lábios dele percorrendo nos dela e no pescoço, suspirando devido ao prazer.
Os dois se deitaram no chão, com William beijando o umbigo e lambendo aquele lugar, subindo em direção ao seio esquerdo dela, causando arrepios e gemidos em Nella. E com o rosto dele próximo do mamilo esquerdo, passou a acariciá-lo com os lábios e a língua dele. A cintura dele estava alinhada com o ventre da garota, tendo a masculinidade alojada nela. Nella gritou de dor, contorcendo os braços dela para trás e fechando os olhos. Aquele momento era o primeiro dela com William, tendo a castidade dela quebrada. O corpo de William se flexiona para frente, balançando os quadris ao redor das pernas dela enquanto deslizava para frente, sentindo o corpo de Nella no processo. Nella suspirava e gemia.
Posteriormente, os dois mudaram de posição. Com William deitado de costas para o chão, tendo a garota em cima do peito dele, beijando-o enquanto descia para baixo até as pernas. Em seguida, ela montou na cintura dele. As mãos dela se posicionaram no peitoral dele, pressionando com força enquanto balançava a cintura dela ao redor daquele lugar. O garoto suspirou, vendo o corpo dela balançando na cintura dele. Nella gemia de prazer. Os seios dela balançavam conforme o ritmo da cavalgada.
Por fim, os dois estavam sentados no chão, com a Nella sentada na cintura de William, segurando os ombros dele com força enquanto esfregava a pelve dela ao redor da cintura dele. Os dois estavam no ápice do prazer, com William pegando nas coxas e tombando no chão, subindo nela. As mãos dele seguravam a terra, fechando os dentes e os olhos. Nella gritou de prazer, segurando as costas dele enquanto sentia o ventre dela sendo preenchido com a semente de William. Por mais que contenha o gene do garoto-lobisomem, Nella aceitaria carregá-la e ser a mãe do descendente dele.
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Minutos depois do momento íntimo deles, William segurava a garota em seus braços, com ela deitada no peito dele. Sentia o calor e a pele se deslizando nele, com a mão da garota apoiada no peitoral.
“Isso foi muito bom.” Disse William, olhando para o alto, segurando a garota no ombro.
“Sim. Foi mesmo bom.”
“Espero que na sua tribo não haja pretendentes ou alguém que já teve uma primeira vez com você. Eu não quero arranjar problemas por causa disso.”
“O que? Ah não. Eu nunca tive outra pessoa com quem eu me relacionaria dessa mesma forma que nós tivemos. Além do mais, o Chefe viria até a minha mãe, comunicando que eu seria preparada para casar com um futuro marido. Assim como a minha mãe me falou quando ele foi até a minha avó, falando que ela se casaria com o meu pai.”
“Mas como você entrou na Grande Viagem, creio que você se casaria depois de retornar disso.”
Nella riu. “É. Quem sabe.”
Os dois olhavam um no outro enquanto estavam deitados no meio da floresta.
“William.”
“Sim, Nella?”
“Eu estou com medo.”
“Por que? Eu fiz algo ruim pra você?”
“Não. É que…”
“O que houve?”
“Depois que tudo isso terminar e encontrarmos o Matador de Lobos e enfrentarmos o Alfa, o que será de você e dos outros?”
“Consequentemente seríamos uma matilha quebrada e seguiremos com caminhos separados. Como os outros fizeram até um novo Alfa surgir.”
Nella olhava para o companheiro dela. Emitiu uma leve preocupação diante da fala dele.
“Meu receio é se eles saírem para atacar as outras tribos ao redor desta floresta, incluindo a sua. E pra isso, eu assumirei o manto de Alfa, garantindo que eles não façam esse tipo de atrocidade. Levaria a alcatéia para bem longe.”
Dito aquilo, Nella estendeu a mão esquerda na direção da mão dele, agarrando-a com força.
“Fique comigo.” pediu ela com um olhar triste.
“Nella.”
“Por favor, fique comigo. Fique ao meu lado para quando eu tiver o meu filho com você, para que ele não termine no mesmo caminho que você.”
William a trouxe para perto dele, abraçando-a com força enquanto pegou na mão dela.
“É claro que eu vou, Nella. Eu ficarei ao seu lado, não importa as circunstâncias. Eu a ajudarei a criar o nosso filho.”
Dito aquilo, os dois compartilharam um beijo, passando aquele momento abraçados. O ar gelado da floresta batia nos corpos deles, mas o calor daquele momento impedia que eles ficassem congelados.
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Ainda no mesmo horário, o grupo de caçadores se dirigia ao interior da floresta à procura da Garota de Vermelho. Seguiram pelo caminho principal até a cabana da Grande Mãe. Ulfric, Johann e os outros seguiam o caminho com suas armas em mãos, na esperança de serem atacados pelos lobisomens.
“É alí. A cabana da Grande Mãe.” Apontou Johann para aquela casa de madeira.
“Ou o que sobrou dela.” Completou um dos caçadores.
Nas proximidades, o grupo avistou um grande buraco na parede de madeira e sinais de luta. Sem dizerem mais nada, entraram por aquele acesso. Neve cobria uma parte dos móveis e do piso de madeira. Junto havia um corpo de uma criatura morta. Era grande para o tamanho deles e pesado para uma pessoa virá-la por conta. Vários homens se reuniram para virar o corpo, incluindo Johann e Ulfric.
Os caçadores viraram o corpo para cima. Ao vê-lo, trata-se de um lobisomem morto, mostrando ferimentos de luta e uma mordida no pescoço, com um pedaço faltando e larvas de insetos se rastejando no local, devorando a carne morta.
“É um Ser-Lobo!” Gritou um dos caçadores.
“Sim. É um Ser-Lobo, igual nas histórias.” disse Ulfric com a testa franzindo e as sobrancelhas cerradas. “Mas este está morto.”
Os homens analisaram a criatura morta pelos ferimentos pra determinar a causa da morte. Johann olhava brevemente para eles, em seguida para Ulfric.
“Já cacei lobos, javalis, cervos e caribus. Mas nunca um Ser-Lobo. Até ouvi histórias de que eles são imortais, mas vejo que elas podem estar enganadas.”
“Enganadas podem estar, mas não creio que possamos matar os Seres-Lobos nas condições que estamos.”
Ulfric olhava com uma expressão fechada para o colega, cruzando os braços pra falar. “O que sugere que façamos?”
“Existe um artefato situado no centro da floresta. Não contei sobre ele pra perto do Chefe, pois ele esconderia essa história de todos nós, como sempre fez. Um que é capaz de detê-los.” disse Johann, sabendo da existência do Matador de Lobos.
“Um artefato?” Perguntou o caçador de barba negra.
“Sim. Ouvi histórias sobre uma espada de prata na qual um caçador a usou pra matar o líder Alfa. Não são muitos que conhecem a história do Matador de Lobos. Ficou enterrada no passado junto da espada. Apenas poucos conhecem ela.” respondeu Ulfric para o homem. Os demais começaram a falar um atrás do outro, sendo silenciados pelo chamado do líder em tom alto.
“Não se fazem mais armas com prata nos dias de hoje. E empunhar uma delas o fará de lenda.”
“Por isso precisamos ir até o centro dessa floresta e recuperá-la para enfrentar os Seres-Lobos.” disse Johann, determinado em ir atrás da espada.
“Aquele lugar é onde os Seres-Lobos residem.” Disse um outro caçador, portando um escudo de madeira pintado de branco, vermelho e azul.
Em meio a análise, um dos caçadores se dirige aos dois homens que conversavam sobre o Matador de Lobos.
“Este Ser-Lobo foi morto faz algum tempo. Mas o mais impressionante é o ferimento na garganta. Um pedaço de carne foi arrancado com força por meio de uma mordida de um outro Ser-Lobo.” disse o homem que examinava o monstro morto, apontando para o local após retirar uma porção das larvas com a lâmina do machado.
“Um Ser-Lobo enfrentando outro Ser-Lobo?” perguntou Johann, surpreso.
“É o que parece ser.”
“E pensar que esses monstros seriam seres unidos. Mas não são.” Respondeu Ulfric.
“Por que um Ser-Lobo faria uma coisa dessas? Eles não costumam atacar uns aos outros por motivos óbvios.” Perguntou o caçador de barba ruiva para Ulfric.
“Eu não sei. De toda forma, precisamos descobrir mais coisas aqui nesta cabana que possam ligar ao que aconteceu aqui.” Em seguida, sinalizou para quatro caçadores investigarem o local por mais coisa.
Os outros homens saíram pra investigar a cabana, deixando Johann e Ulfric naquela sala e os demais membros no lado de fora. Aqueles dois homens se aproximavam para falar enquanto assistiam os outros caçadores reunirem móveis e objetos de madeira ou de tecido para perto do lobisomem morto. A intenção deles era queimar a cabana da Grande Mãe quando tudo isso terminar.
“Este lugar está perdido, Johann. Vamos descobrir mais coisas que aconteceram aqui. Depois disso, vamos finalizar a investigação para depois queimar esta cabana e sair à procura de Nella.”
“Mas enquanto a Grande Mãe?”
“Se as minhas suspeitas estiverem corretas com relação ao Ser-Lobo que encontramos e ela estiver morta, como ela mesmo ou como um deles, receio que a sua amiga esteja com problemas e a Grande Viagem comprometida.”
Johann tinha que concordar com o líder do grupo. Nella precisava de ajuda se a antiga residente da cabana estiver morta e não encontrar outros meios de se comunicar com os espíritos. Em meio à conversa deles, ouviram o som de um dos caçadores chamando.
“Ulfric! Johann!”
“Encontramos um corpo de uma mulher de idade aqui!”
O chamado do caçador foi captado pelos dois, dirigindo-se até onde estava um caçador com cabelo castanho-claro. Estava na sala onde a Nella encontrou o corpo da Grande Mãe da vez que esteve na cabana durante a Grande Viagem.
Johann ficou horrorizado ao ver aquela pobre mulher de idade, que agora não passa de um corpo magro, seco e sem vida. A coloração era um marrom avermelhado com os ossos da costela, da coluna e dos membros ficando visíveis. O cheiro era insuportável para os homens.
“Um corpo de uma mulher idosa.” Disse Ulfric para Johann, olhando para o corpo da mulher idosa.
“É a Grande Mãe. Ela era a única pessoa a morar aqui na floresta.”
O caçador de cabelo castanho-claro mostrou para eles as marcas de arranhão e mordida ocasionadas pelo lobisomem. Ulfric e Johann se aproximaram dela calmamente, ignorando o cheiro da putrefação.
“Estão vendo? O pescoço, ombro e o corpo, tudo indica que ela foi atacada e morta por onde era mais sensível e mais rápido pra ter uma hemorragia.”
“E já estava morta há muito tempo.” disse um caçador de barba ruiva do lado direito de Ulfric.
“Tudo indica que o monstro de cabeça lupina veio antes da Nella e tentou se passar pela Grande Mãe para matar a jovem Garota de Vermelho. Ou até pior.”
Johann se levantou para se reunir com Ulfric.
“Com a Grande Mãe morta, receio de que a garota não tenha mais como continuar com a Grande Viagem.” disse o líder dos caçadores.
“Nella não desistiria disso tão facilmente. De toda forma, Nella está a caminho da espada. Ela vai precisar de toda ajuda se é para recuperar a espada e matar aquelas bestas.”
O homem concordou com o líder do grupo. “Sim. Ela vai precisar. Homens, podem encerrar a busca e vamos seguir adiante à procura de Nella! Queimem este lugar junto dos restos mortais da Grande Mãe!”
Os demais caçadores levantaram seus braços para o alto gritando moralizados. Vários móveis e artefatos que antes estavam em seus devidos lugares foram derrubados no chão de madeira, com alguns sendo colocados ao redor do corpo daquela mulher. Com cinco homens carregando tochas, eles tombaram as pontas banhadas em fogo, incendiando aquela cabana. Os sons de estalos ecoavam das chamas, consumindo a madeira, o tecido, a carne e tudo que estava nas proximidades.
Em seguida, Ulfric, Johann e o grupo tomaram distância daquele lugar condenado. As paredes e o telhado de madeira e palha desabaram devido ao fogo e a estrutura fragilizada não conseguir segurar mais o peso. Johann olhou para aquele lugar uma última vez. Expressava uma preocupação diante de toda a experiência enfrentada pela única filha de seu amigo. Depois, tornou a olhar pra frente.
////
Um tempo depois, Nella estava cuidando da Hvit. Ofereceu um pouco de carne crua de um pardal que abateu com ajuda de William. Ela viu a loba se alimentar bem.
William olhava ao redor do lugar. Sentiu que o ar estava mudado. O cheiro dos outros irmãos ficava evidente no olfato à medida que eles se aproximavam do lugar. O garoto se dirigiu até elas um pouco preocupado.
“William, o que houve?” Perguntou Nella, preocupada pelo agito do guardião.
“Nella, temos que ir. Sinto que os outros estão se dirigindo para cá e não podemos esperar muito para ir atrás da espada.”
Dito aquilo, Nella estava um pouco séria, considerando o bem estar da Hvit.
“Mas e a Hvit? Não sabemos se ela está completamente recuperada.”
“Recuperada ou não, nós não podemos ficar aqui por mais tempo! Você sabe bem o que pode acontecer com você se eles apanharem você e te levarem ao Alfa!” exclamou o garoto lobisomem, aproximando-se da garota.
“Eu sei. Mas não podemos arriscar seguir em frente enquanto que ainda estamos nos recuperando do nosso último encontro com os lobisomens. Especialmente você, William Castanho.”
Aquela fala não agradou muito o jovem William. “Não seja teimosa, Nella!”
“Teimosa?! Eu só entrei nessa história porque a minha tribo não tinha outra pessoa para procurar a Grande Mãe e tentar conseguir alguma ajuda dos Espíritos.” respondeu Nella, cruzando os braços dela com uma expressão séria.
“E você conseguiu alguma coisa nesse tempo que ficou brava comigo?”
Ouvindo aquela pergunta, Nella ficou quieta. Olhou pro lado esquerdo. “Não muito.”
“Não muito?” perguntou ele sério, erguendo a sobrancelha direita.
Os olhos da garota voltaram-se para William. “O mínimo que eu consegui através dos Espíritos foi o caminho para cá, até sermos emboscadas pelos dois lobisomens.”
“Certo.”
Hvit assistia os dois em meio aquela pequena discussão. A boca dela estava aberta, estando um pouco ofegante enquanto respirava rapidamente.
“Bom, ao menos o caminho para o Matador de Lobos está diante de nós. Enquanto ainda temos chance, eu digo que devemos seguir em frente.”
William passou ao lado de Nella para prosseguir até Hvit. Levantou a loba com os dois braços fortes, carregando-a como se fosse um cordeiro.
“E eu tenho que lembrá-la que foi você que concordou em procurar pela espada, não eu. Portanto, o quanto antes conseguirmos encontrar a espada, mais rápido será para salvar a sua tribo.” encerrou o garoto, seguindo adiante para a passagem montanhosa.
Nella não respondeu mais nada desde então. Seguiu com o garoto e a loba pelo caminho principal, carregando as poucas coisas que conseguiram, como água, comida e alguns utensílios improvisados.
////
Os dois viajantes e a loba seguiram adiante em uma estrada branca, toda coberta de neve. Ao redor deles era uma passagem fechada, com paredes de rocha e gelo. Histórias falavam de que era uma montanha que estava se desfazendo, criando penhascos e desfiladeiros profundos. E a estrada que eles seguiram era parte de uma correnteza que se congelou há anos e o que restou de água se foi devido às rachaduras no fundo do solo.
William seguia na frente, pois ele sentia que o chão gélido tinha camadas finas e outras bem firmes. Dessa forma, guiava a Hvit e a Nella até a espada Matador de Lobos com mais segurança, evitando de pisar em falso a ponto de quebrar o gelo e fazê-las cair para o fundo do abismo. William sabia que havia formações rochosas no chão e eram afiadas para perfurar viajantes desavisados e desafortunados.
Nella olhava ao redor dela e depois para a Hvit. A loba estava recuperada e um pouco melhor depois do confronto com os lobisomens. Andava normalmente como se nada disso tivesse acontecido. Com a expressão aliviada, voltou a atenção dela para William.
“William, tem certeza de que este é o caminho até a espada?” perguntou Nella com certo receio sobre o lugar em que estavam.
O garoto de cabelo castanho permanecia olhando pra frente. Mesmo estando de costas para ela, William respondeu enquanto andava.
“Tenho. É o único lugar que eu conheço se quisermos chegar até a espada.”
Nella olhava com uma leve surpresa diante da resposta do guardião dela. Seguiu adiante com a Hvit atrás de William.
A jornada deles seguiu sem interrupção. A jovem Garota de Vermelho tentava manter-se calma, acreditando que o guardião dela estava fazendo de tudo para manter o grupo seguro.
Contudo, algo atraiu a atenção de William. Ao dar o próximo passo, sentiu um cheiro familiar vindo de trás. Hvit sentiu o mesmo cheiro que ele. Mas Nella teve uma sensação de que isso seria um mal pressentimento.
“William?” Chamou a garota preocupada. “William, o que houve?”
O garoto olhou de um lado para a direção do cheiro que sentiu.
“William?”
“Nella, espera.”
William olhou para diversos cantos enquanto a Hvit e a Nella pararam por um segundo. E quando avistou um vulto se formando no meio da entrada coberta por uma leve camada de névoa, isso o deixou preocupado. O vulto se dividiu em três, emergindo na forma de três lobisomens. Os olhos dos viajantes se arregalaram de horror.
“Corram!” gritou ele para as duas.
Nella e Hvit seguiram correndo com o guia pela ponte de gelo. O piso era às vezes escorregadio e fino, com risco de quebrar e levar um ou mais pessoas para uma morte certa e horrível. Nella sentia a pisada dela derrapar um pouco, mas seguia correndo com o William enquanto ainda estavam distantes dos lobisomens.
Ao mesmo tempo, os monstros corriam com as quatro patas no chão, alcançando o grupo de viajantes. Diante daquela situação, William parou por um segundo, correndo na direção deles com um olhar assustador.
“William!” Chamou Nella assustada, vendo o garoto passando por ela.
Nenhuma resposta. Em vez disso, William correu até um certo ponto da ponte na qual o gelo era mais fino. E com um murro se fechando da mão direita, ele socou com toda a força que reuniu. Num instante, toda a estrutura começou a rachar e se partir aos poucos. Os lobisomens correram o mais rápido que podiam para alcançar William, Nella e Hvit. No entanto, o golpe fez com que o chão de gelo se mexesse, com pisos se levantando ou se quebrando, com um dos monstros caindo no buraco recém-criado. Os outros dois seguiram adiante, mesmo tendo dificuldades de avançar.
William socou novamente o chão, desta com as duas mãos. A força foi o suficiente para derrubar os outros dois, ouvindo os gritos dos lobisomens caindo em direção aos espetos de pedra. Mas o golpe tornou o chão ao redor de William instável. Em vez de ficar após socar a ponte pela última vez, o garoto correu o mais rápido que podia.
Nella e Hvit correram naquela ponte que estava se desabando. Ouviram sons de rachaduras e viram os fragmentos se partindo daquela estrada feita de gelo e neve. E quando parecia que as coisas estavam ficando ruins o bastante a ponto de a vida delas ser perdida, sentiram algo pegando elas pela cintura, levantando-as do chão. Era o William, na forma de lobisomem.
“William!” Gritou Nella, surpresa por vê-lo na forma de lobisomem, porém aliviada por ele ter apanhado ela e a Hvit.
“Não se preocupe, Nella! Eu estou aqui!” respondeu o garoto lobisomem, correndo enquanto segurava a Garota de Vermelho e a loba nos braços.
Ouvindo aquilo, ela sorriu de alívio. O companheiro de viagem e guardião corria e saltava de um bloco ao outro enquanto a ponte se desabava. Atrás deles não podia ver mais nada, já que a entrada se foi junto dos três lobisomens que caíram em direção à morte. Apenas fumaça de pó e gelo subia em decorrência do impacto dos pisos de gelo com o chão e as estacas rochosas.
William manteve as duas nos braços enquanto corria. A entrada para a caverna na qual o Matador de Lobos se encontrava estava ao alcance dele. Porém, o piso desabou na frente, impedindo de continuar com o trajeto. Era um buraco bem grande para um salto longo como daquela vez em que ele saltou para chegar do outro lado do desfiladeiro. Nem a Hvit tinha forças suficientes para um feito desse porte por não estar recuperada por completo.
“William, a ponte!” Chamou Nella, apontando o dedo pra frente.
O lobisomem de pelos castanhos viu aquele buraco. O corpo dele estava carregado com a adrenalina que pulsava nas veias enquanto estava naquela forma. No último instante, ele segurou a jovem Nella e a Hvit com força, prendendo elas nos dois braços.
“Se segurem!” gritou ele para a Nella e a Hvit.
Dito aquilo, as duas se prenderam com força ao redor dos braços de William. E ao chegar perto da beirada, ele deu um salto longo em direção ao outro lado do penhasco. Os viajantes estavam sobrevoando aquela fenda escura e sinistra. Nella evitou ao máximo pra não olhar para baixo a fim de evitar de se assustar e acabar se desprendendo do braço do garoto-lobisomem. Hvit permanecia firme ao redor dos braços de William, olhando para frente.
William viu a porção da ponte se aproximando deles. No entanto, ao aterrissar em um pedaço do outro lado da ponte, sentiu que estavam perdendo o equilíbrio. Para o horror dele, um pedaço da ponta partiu do restante da estrutura de pedra. Como resposta, ele precisou fazer uma coisa que não agradaria a Nella.
A Garota de Vermelho e a loba sentiram os corpos delas sendo projetados pra frente, em um arremesso em direção ao meio dela. Nella sentiu o corpo dela socando o chão de gelo e rocha, rolando até parar. Mas, ao se recuperar do susto, ela avistou o colega dela caindo junto da ponta, não conseguindo agarrar a tempo no penhasco. Hvit e Nella correram até aquele canto.
“William!” Gritou ela assustada, olhando para baixo a fim de tentar socorrê-lo no caso do William ter encontrado um canto pra se agarrar.
Nenhuma resposta. Os olhos da garota estavam encharcados de lágrimas por medo de ficar sozinha com a Hvit para ir atrás do Matador de Lobos e de repente ser emboscada eventualmente. Olhou pra loba e depois para o penhasco. Como de antes, nada.
Vendo que o William não conseguiu escapar de seu fim e que não havia mais nada a ser feito, as duas resolveram se afastar do penhasco, preparando-se para seguir adiante. No meio daquele instante, elas escutaram o som de alguém chamando o nome da garota.
“Nella!”
Virando rapidamente após ouvir o chamado, Nella ficou espantada. Correu de volta para aquele lugar.
“William!”
Hvit correu junto. Chegando na beirada, era o William na forma humana, com as duas mãos agarrando um canto da parede rochosa. As pernas dele estavam suspensas no ar e parte das vestimentas dele estavam rasgadas devido a transformação em lobisomem.
Nella estendeu a mão esquerda dela para o garoto, pedindo-o pra estender o dele.
“Vamos William! Me dê a sua mão!” Gritou Nella, mantendo o braço na direção dele.
William balançava o corpo suspenso no ar. Reuniu o que sobrou das forças dele, projetando o corpo para cima. Nesse momento, a mão esquerda foi na direção da mão de Nella, porém estava um pouco longe para conseguir pegá-la e poder subir.
O garoto mantinha a outra mão agarrando a extremidade do buraco. E com a Nella mantendo a mão estendida para ele, chamando-o pra subir, William juntou o que restou de suas forças, projetando o corpo dele pra cima. Em um esforço sobre-humano, catapultou-se, soltando as mãos do buraco. Nella se espantou, mas o agarrou no último instante. Hvit abocanhou pelas laterais do pulso, evitando de perfurar as veias com os dentes. William sentiu o corpo dele sendo puxado por elas, sendo trazido para o outro lado do penhasco. O garoto caiu de exausto, sentindo o corpo e a cabeça tocando o chão rochoso. Nella o socorreu ao ficar do lado dele enquanto a Hvit farejava e lambia o rosto dele.
“William. Você está bem?” perguntou Nella, olhando preocupada para o garoto.
William foi colocado pra ficar sentado. Esfregou a mão na nuca. “Eu… eu estou bem. Obrigado Nella. Obrigado Hvit.”
A Garota de Vermelho sorriu. Afastou-se dele para que o William se levantasse. Ele, por sua vez, avançou brevemente até a passagem para a caverna onde a espada estava. Ao parar por um segundo, ele virou o olhar para Nella.
“Temos que ir. Não sabemos por quanto tempo teremos até que os outros nos alcancem.” disse William com um olhar sério.
Nella balançou a cabeça pra frente. Ela e Hvit o acompanharam até a caverna. Com a ponte destruída, não teria como os lobisomens alcançarem o grupo pelo caminho principal que agora não existe mais.
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Os dois viajantes e a loba seguiam por meio de uma passagem cavernosa, com rocha, gelo e água. Nella olhava para as paredes de gelo, com algumas criaturas preservadas na água congelada, em sua maioria sendo peixes, plantas e moluscos. O local era iluminado em tom de azul-gelo, com a luz passando por meio de alguns buracos, sendo refletida pelo gelo. Posteriormente, voltou a atenção em William.
O garoto de cabelos castanhos permanecia adiante, com as duas seguindo ele no caso dele avistar algum sinal de perigo e se prepararem para o pior. O olhar permanecia sério e fixo para frente.
Adiante, eles avistam uma abertura com um raio de luz iluminando o lugar. Entrando, o grupo avista algumas formações rochosas, ossos, pedaços de vestimenta e uma abertura no alto do teto cavernoso. O buraco parecia pequeno por conta da altura com relação aonde eles estavam.
Mas no meio daquele lugar, enquanto que vasculharam o lugar, Hvit, Nella e William avistaram algo que chamou a atenção deles.
“William, Hvit. Vejam!” apontou ela.
Eram os restos mortais de um homem que passou os últimos momentos de sua vida no chão. As pernas estavam estendidas no chão, a mão direita segurava o peito e o braço esquerdo estava tombado, assim como o crânio, que olhava para frente porém levemente inclinado para a direita.
Nella olhava surpresa para aquele corpo morto. William se aproximou dela.
“É ele.”
Era o caçador, descrito pela história de William sobre aquele lugar. Parte das vestimentas e da armadura foram preservados, mas a carne e o rosto foram consumidos pelo tempo.
“O caçador.”
“Ou o que sobrou dele.” completou ele.
O corpo do caçador permanecia sentado naquela pose há mais de anos. No entanto, Nella sentiu que havia alguma coisa que estivesse segurando ele. Aproximou-se daquele cadáver, estendendo a mão direita em direção a ele, com o colega segurando ela por um segundo.
“William, o que foi?!”
“Nella, espera. Não sabemos o que pode ter aqui neste lugar. Talvez haja armadilhas.” respondeu o garoto com um olhar sério.
“Mas William, eu sinto que tem alguma coisa nele que talvez seja a nossa chance de salvar a minha família e a minha tribo.”
William permanecia quieto enquanto segurava a mão de Nella. Hvit latiu para ele, tentando dizer a ele que existe alguma atrás do corpo do caçador. William optou por soltá-la, permitindo-a em vasculhá-lo. A garota colocou as mãos naquele corpo já seco, tentando tirá-lo do lugar, sendo auxiliada pelo rapaz.
Hvit sentia algo se aproximando deles ao ouvir o som de algumas pedras caindo do alto da passagem. Olhou para cima com receio de que algo ou alguém fosse chegar por aquele lugar. Ainda sim, rosnou, avisando os dois viajantes.
“Hvit, o que houve?” Perguntou Nella.
William sabia que a forma de como a loba rosnava era sinal de um perigo iminente. “Algo que me diz que não podemos ficar aqui por muito tempo.”
“Temos que ser rápidos.” concordou a Garota de Vermelho.
Dito aquilo, Nella e William empurraram o corpo pro lado. No processo, ouviram o som de ossos velhos se deslocando do lugar devido a falta de cartilagem e o peso das peças metálicas cobrindo o corpo. Em seguida, tiraram o corpo do caçador, jogando pro lado. Para a surpresa deles, o objeto que o segurava era o Matador de Lobos, a espada de prata.
“É ela, Nella!” disse William, olhando para a espada com uma expressão surpresa porém animadora. Virou o olhar pra Nella em seguida. “É o Matador de Lobos!”
Nella estava aliviada por receber esta notícia. A única forma de salvar a todos que ela conhece e ama na tribo, está diante dos olhos dela.
“Incrível.” respondeu ela sorrindo. Estendia a mão esquerda na direção da lâmina prateada da antiga arma capaz de matar os Seres-Lobos.
No entanto, antes que ela pudesse tocá-la, o barulho de rochas caindo por entre o buraco do alto da caverna começou a ficar frequente e em grande quantidade. Hvit latiu para os dois, com Nella e William olhando para cima. Desta vez, um vulto negro descia pela passagem. E estava descendo rapidamente, como se fosse uma grande pedra caindo para esmagar o grupo.
“Nella! Hvit! Saiam daí!” gritou o garoto, estendendo a mão direita para Nella. A garota, por sua vez, correu com a Hvit para longe do lugar. William viu as duas tomando distância enquanto as pedras caíam em grande quantidade com aquele vulto vindo do alto. Como medida de segurança, ele correu na direção oposta da Garota de Vermelho, sentindo algo batendo no chão com força, jogando neve e pedaços de rocha para as diversas direções.
Uma enorme cortina de fumaça e gelo se levantou do local, cobrindo o vulto misterioso. Nella e Hvit correram em direção a William, com o garoto se reunindo com as duas.
“William, você está bem?!” perguntou Nella, correndo na direção dele.
“Eu estou bem, Nella.” respondeu William. “Espero que vocês duas estejam bem também.”
“Mas o que foi que aconteceu?”
“Eu não sei. Por pouco nós teríamos morrido.”
Os três trocaram olhares por um segundo, virando em seguida para o local em que aquele vulto caiu no chão. A cortina estava se dissipando aos poucos, com aquilo se levantando do local. Tinha a silhueta de uma criatura monstruosa, com garras afiadas e os braços, ombros e peito gigantescos. E do nada, deu um passo na direção do grupo, revelando ser o Lobisomem de Pelos Negros.
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