Das Mädchen in Rot - Chpt 1 [Portuguese - BR]
Das Mädchen in Rot
Descrição:
Das Mädchen in Rot (Alemão: A Garota de Vermelho) é uma adaptação sombria da história original escrita por Charles Perrault e os Irmãos Grimm. A adaptação conta a história de Nella, uma jovem que vivia com sua família em uma tribo e cujo pai foi morto por um Ser-Lobo negro (é como as tribos chamam os lobisomens) enquanto ele e um amigo salvavam a jovem Nella. Após atingir a maioridade, Nella foi convocada para fazer parte de um culto onde as mulheres adultas vestem um manto vermelho e partem da tribo para a casa da Grande Mãe para receber a bênção dos ancestrais, a fim de manter os Seres-Lobo longe da tribo. De acordo com a Anciã, a casa da Grande Mãe fica nas profundezas da floresta — o mesmo lugar onde os Seres-Lobo e outras criaturas terríveis espreitam, atacando os visitantes que se aventuram sem um pingo de cautela.
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Introdução:
Há cerca de quinze Luas Cheias, uma antiga tribo vivia numa região onde viria ser uma floresta. Essa tribo era conhecida por venerar uma entidade mística cuja forma lembra um lobo.
Quando a primeira Lua Vermelha surgiu no céu, o povo daquela tribo começou a se transformar na imagem da entidade. Ninguém sabia o que aconteceu para eles se tornarem a imagem da entidade, mas diziam que o vento carregava vários uivos pelo mundo inteiro.
Uma noite, um pequeno grupo de caçadores adentraram na floresta à procura de comida. E quando avistaram o primeiro cervo para levá-lo à tribo, um enorme vulto apareceu e devorou três dos caçadores que entraram naquele lugar, restando apenas um deles para contar o que aconteceu. Ele disse que a criatura que matou os outros que foram com ele tinha a forma de um homem, mas a cabeça e pelos de um lobo.
E foi naquele dia que a tribo passou a temer a criatura lobo que atacou o nosso povo na floresta.
Capítulo 1
A história deste antigo povo há muito tempo foi esquecida. Apenas os antigos da tribo conseguem lembrar dela com clareza e passar apenas os mais corajosos que alcançaram a maturidade para caçar. E como eu nasci após a décima sexta Lua Cheia, só soube dessa história através da minha mãe. Ela dizia que esses Seres-Lobo eram ferozes como os animais originais que habitam as florestas. Mais da metade dos nossos caçadores desistiram de irem à floresta por conta dos últimos ataques dos Seres-Lobo, e consequentemente tivemos que adotar outras formas de sustentar o nosso povo.
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A história que estou para contar é sobre uma garota que nasceu daquela noite após aquela Lua Cheia. Era uma menina de pele meio pálida, olhos azuis e cabelos castanhos. Filha de um caçador e uma camponesa, tiveram uma vida simples e bem humilde, apesar das dificuldades em caçar por comida. A fim de sobreviverem naquele inverno, criaram cabras e bodes para se alimentarem e a todos da tribo, com o pai da menina extraindo madeira nos arredores da floresta.
No dia seguinte, a menina estava em casa ao lado da mãe que cuidava das cabras.
“Nella!” chamou o pai pelo nome dela.
Muitos a chamam pelo nome de Nella. Dizem que é um nome bonito para uma menina pálida. O pai retornava de seu trabalho para ficar com elas. Ele costuma pegar um pouco de madeira do outro lado da floresta. A vida parecia simples quando estavam em casa. Nella correu para abraçá-lo enquanto ele colocava o machado ao lado.
“Papai. Fico feliz que chegou. Mamãe disse que seu jantar está pronto.” disse ela enquanto que o homem a carregava nos braços.
“Eu também, minha bela Nella. E como eu poderia perder o jantar de sua mãe.” respondeu com uma risada. Ele é sempre sorridente quando está com a família dele.
O pai de Nella tinha a mesma cor de olhos, pele branca com um pouco de vermelho, com a barba um pouco espessa e cabelo grande de cor preta. Porte físico de um homem atleta e sadio para carregar toras de madeira que eram pesadas para uma pessoa de peso mediano. Vestia casacos de pele de carneiros e iaques para proteger-se dos ombros para os pés.
Em seguida, a mãe de Nella chegava para recebê-lo. Era uma mulher de aparência jovial, pele branca, cabelos e olhos castanhos. Ela carregava um balde cheio de leite que ordenhou da cabra e se dirigia para o caldeirão esquentá-lo enquanto o pai e a menina entravam em seguida.
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O jantar que conseguiram usufruir na tribo era apenas salada acompanhada de ensopado de coelho com pão. Por não conseguirem nada com as caçadas, essa era a refeição deles. Tudo ia bem na casa. Ver os pais jantando juntos era aconchegante para Nella. Até que alguém chegou para bater à porta.
“Quem pode ser?” perguntou a mãe de Nella.
“Só pode ser alguém da tribo.” respondeu o pai enquanto se levantava da cadeira. “Vou ver quem será que está aqui.”
O pai de Nella deixou a mesa para atender quem acabara de chegar. A garotinha terminava de tomar duas colheradas do ensopado de coelho. Na porta, estava um conhecido deles que veio do interior da tribo: Johann.
“Ah Johann. Seja bem-vindo.” cumprimentava o pai para o conhecido dele.
Johann era um homem robusto de altura média, quase perto do caçador. Bigode e pouco calvo eram suas características comuns pelo que me recordo. Lembro que era casado naquela época, bem antes dos pais de Nella se casarem e da menina ter nascido.
“Olá, Stephen. Será que posso entrar para falar com vocês?”
“É claro. Entre.” convidou cordialmente o pai de Nella.
Os dois entraram em casa. Antes de chegarem à mesa, Nella chamou a mãe dela.
“Mamãe, eu posso brincar lá fora?” perguntou a menina para a mãe.
“Pode, minha filha.”
Nella saiu para brincar enquanto a mãe dela recolhia as tigelas de comida e levá-la na bacia de água. Em seguida, reuniu-se com Stephen e Johann. Eles se acomodavam em seus assentos para conversar.
“Diga Johann. O que traz aqui?”
“Minha filha, Juliet.” disse ele pouco preocupado. “Ela completou seus 23 anos.”
Algumas pessoas podiam dizer que era uma grande felicidade quando se completa 23 anos. Mas para o nosso povo, isto podia ser um pouco além do que muitos se acostumaram.
“Mas, por que você parece preocupado?” perguntou a mãe da pequena Nella.
“O chefe da tribo e a Anciã vão prepará-la para a Grande Viagem. A viagem até a casa da Grande Mãe.”
Eu não fazia ideia o que era essa Grande Viagem. Mas lembro por meio da minha mãe de algumas ocasiões onde algumas meninas da tribo que chegam nessa idade são preparadas para uma coisa na qual Nella saberia quando eu ficaria mais velha. E a Grande Mãe que ele mencionou era uma pessoa. Uma mulher de idade que morava numa casa distante da nossa tribo, situada no interior da floresta. O lugar na qual ninguém poderia mais entrar. Podia ser preocupante para aqueles que se preocupam demais com suas filhas, mas era uma cerimônia sagrada conforme as necessidades da Anciã e do chefe da tribo. Segundo alguns antigos, dizem que as jovens preparadas para a Grande Viagem têm a função de acalmar os Espíritos da floresta para manter os Seres-Lobo longe da nossa tribo.
“Bem, eu… eu não sei o que dizer.” dizia a mãe da garotinha, de tão surpresa que estava por saber da preparação de Juliet para a Grande Viagem. Dizem que quem trafega na Grande Viagem jamais retornará.
“É uma coisa que temia que chegasse para a minha filha. Ela é única para mim e não gostaria de perdê-la na Grande Viagem. Eu não posso aceitar isso.”
“Johann, eu entendo o que está passando. Sei que não gostaria que sua filha fosse levada a um caminho no qual não há retorno. Mesmo que quisesse desafiar a Anciã e o chefe, poderia resultar na sua expulsão da tribo. Levado para a floresta, servido de comida aos Seres-Lobo.”
“Eu sei das consequências. Eu conversei com algumas pessoas da tribo e elas disseram a mesma coisa. Não posso jogar a vida da minha filha por uma tradição sem consenso.”
“É muito perigoso e você sabe bem disso. Não arrisque a sua vida por isso.”
A conversa dos pais com Johann parece não ter fim. Enquanto eles tentavam convencer o hóspede a mudar de ideia, Nella brincava lá no pasto com os filhotes de bode. Eles pulavam de um canto para o outro conforme ela os seguia. Era um dos passatempos que ela mais gostava na tribo. Enquanto corria atrás deles, um dos filhotes acabou saltando para fora do cercado, indo para longe de casa. Como a família dela vive da criação de bodes, se um deles desaparecer ou fugir do curral, não teriam o estoque necessário para vendê-lo para quem precisa. Foi aí que a garotinha foi atrás do filhote que fugia.
Em casa, os pais dela conseguiram resolver a situação de Johann e da Juliet. O jeito para eles deixarem a tribo seria colocá-lo na próxima caravana de comida e mercadorias das outras tribos que chegaram nesta tarde.
“É isso, Johann. Quando a caravana chegar, você poderá colocar a sua filha e você para poderem sair daqui. Mas tenha cuidado. Não sei como os outros vão reagir a este acontecimento.” concluía o pai de Nella.
“Muito grato, Stephen. Muito grato. Eu sabia que você não me deixaria na mão.” agradeceu o hóspede aliviado.
“Bom. Agora que estamos resolvidos, vou dar uma olhada na minha pequena Nella.” disse a mãe ao se levantar da cadeira.
“Tem razão. Falando na Nella, desejo que ela um dia se torne tão boa quanto a mãe dela.”
Os pais da pequena riram daquele comentário de forma amistosa. “Quem sabe algum dia.”
“Bem, creio eu que já posso ir em casa e preparar as coisas antes da caravana chegar.”
Johann se despede deles e prossegue para a casa dele. Quando a mãe dela foi no curral, ela se espantou com o desaparecimento da filha. Ela tentou chamar o nome dela.
“Nella. Nella!” chamou ela. Porém, não teve êxito. “Nella, para onde você foi?”
Com medo de que a criança tenha ido para a floresta, ela foi correndo para chamar o pai.
“Stephen!”
Ele e Johann estavam conversando um pouco antes do hóspede partir. E quando eles a viram chegando assustada, o pai de Nella foi atendê-la. “Querida, o que houve?”
“É a Nella. Ela foi brincar no curral, mas depois ela sumiu. Tenho receio de que ela possa ter ido na floresta.”
“Essa não.” disse Johann assustado.
“Querida, fique aqui enquanto eu vou procurá-la. Caso seja necessário, avise os outros da tribo para ajudar com a busca.”
“Eu vou com você.”
“Mas e a sua fuga?” perguntou o pai da menina desaparecida.
“É mais importante encontrarmos a sua filha. Até a caravana chegar, devemos tê-la encontrado o quanto antes.”
“Está certo, Johann.”
Os dois aldeões foram em frente à procura dela na floresta, com a mãe ficando à espera deles em casa, torcendo pelo retorno seguro.
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O filhote saltou para mais longe de casa. E como a maioria dos filhotes costumam ser ágeis nesta idade, ficava difícil de Nella conseguir acompanhá-lo. Na perseguição do filhote às vezes a fazia cair em terrenos acidentados, como rochas, lama, pequenos barrancos e outros. E no momento que ela tinha caído, Nella via o cabritinho saltando em direção a floresta. A mesma que há muito tempo o chefe nos advertiu em ficar longe por causa dos Seres-Lobo que ainda vivem.
“Essa não. A mamãe vai ficar zangada se ela descobrir que ele foi para a floresta.” disse a menina, preocupada pelo cabritinho. Afinal, os pais dela são criadores de cabras muito pobres da tribo e que dependem bastante do rebanho contabilizado.
Foi aí que ela teve uma ideia mas que teria de desobedecer os avisos da tribo e dos pais dela. Nella foi atrás do cabrito na floresta. Sozinha.
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Johann e Stephen foram na frente com machados e arcos de caça. Quando eles costumavam caçar no tempo que os ataques eram incomuns, eles tinham a sagacidade apurada e um bom conhecimento sobre o terreno e as pegadas de qualquer animal que caçavam na região.
“Sabe. Isso me faz lembrar da vez que fomos caçar aquele javali na décima quarta Lua Cheia. A tribo inteira estava ansiosa pelo grande banquete que faríamos.” disse o pai para seu antigo colega dos momentos marcantes de sua época como caçadores.
“Verdade, Stephen. E você naquele tempo não perdia um momento sequer para ir atrás daquele javali.” completou Johann.
“Você sendo o mais calculado do grupo e eu o mais habilidoso com o arco. Não errava um disparo.”
“E como não poderia errar um disparo, hein Stephen?”
Eles deram uma risada por conta do comentário feito pelo outro. Para eles, aqueles tempos nunca seriam esquecidos tão facilmente. Novamente retomam com a procura de Nella. As pegadas encontradas tinham os formatos de um sapato de couro e cascos de um filhote de bode.
“Essas pegadas são recentes. Pelo formato, devem ter um tamanho de uma criança humana e de um cabritinho com oito meses de idade. Deve ser a sua filha correndo atrás de um cabritinho.”
“Esses cabritos resolvem de uma hora achar um jeito de escapar do cercado. Tomará que a Nella esteja bem.”
Os dois prosseguem adiante ao seguirem as pegadas no chão. O pai esperava que ela estivesse em segurança se fosse muito a fundo na floresta. Embora o outro esteja preocupado com sua filha para poder tirá-la da aldeia através da caravana, Johann direcionava sua atenção para ajudar seu amigo.
Eles se aproximam da borda para a floresta conforme corriam com todas as suas forças que tinham na idade atual.
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No interior daquele lugar, as árvores tinham uma altura assustadora a ponto de fazer qualquer pessoa uma anã. O ar esfriava à medida que avançava para o fundo e o sol às vezes não conseguia iluminar direito por conta das árvores e das montanhas. As criaturas do lugar eram diferentes das que havíamos visto, como os pássaros, alces, lagartos e até lobos. A vegetação também é diferente do que eu tinha visto na tribo e nas regiões abaixo. É como se a terra daquele lugar fosse mística.
Nella olhava para aquelas árvores enquanto procurava pelo filhote em todos os cantos. Num deles, ele olhava fixo para a menina enquanto ela o avistava. E ao saltar para o lado, saiu correndo para pegá-lo.
“Ei! Me espera!” chamou-a na tentativa de alcançar o filhote.
Correram para o fundo da floresta. As árvores começavam a ficar mais assustadoras quando chegava nos cantos mais remotos e menos iluminados pelo sol. E a busca ficava cada vez mais difícil quando ele atravessava os arbustos e as vinhas espinhosas.
Saindo pelo outro lado das vinhas, Nella virou-se ao redor. Percebeu que o filhote de bode havia sumido.
“Pra onde será que ele foi?” pensou ela à medida que andava mais a frente no lugar.
Vagou adiante a fim de encontrá-lo. Novamente, nenhum sinal dele. É como se ele tivesse sumido de vez, indo a um canto na qual ela não poderia segui-lo. E Nella o perdeu de vez, assim como perdeu o caminho para casa.
“Estou com medo.” disse ela assustada. Realmente estava perdida. Não deveria ter seguido aquele cabritinho para longe de casa em direção à floresta. Nella sentou-se perto de uma árvore e começou a chorar. Sem ninguém para confortá-la ou guiá-la para fora daquele lugar, se entregou à solidão gelada e sombria.
Foi neste momento que algo mudou a situação. Sentiu algo tocando o rosto dela com uma ponta meio fria e sopros quentes. A menina tirou o rosto por entre os braços delas e ao deparar com o que era, se assustou.
Uma loba, como nas gravuras e bonecos talhados na madeira da tribo. Entretanto, essa loba não tinha a intenção de machucá-la.
“Quem é você?” perguntou ela surpresa para a criatura enquanto algumas lágrimas escorriam no rosto.
Ela olhava para a menina com aqueles olhos dourados e aproximava seu focinho no rosto dela. Os toques dela davam uma sensação de conforto e segurança. Muitos da tribo dizem que quando um lobo age dessa forma é para se comunicar com outros da mesma espécie ou não. É muito incomum um lobo se relacionar dessa forma com um humano. E quando ela parou, voltaram a fitar em seus olhos.
“Você viu um filhote de cabrito por aqui? Sabe onde eu posso encontrá-lo?” perguntou ela do cabritinho para a loba.
Ela não respondeu por qualquer meio que pudesse. Embora lobos se comuniquem com uivos, essa podia se comunicar com qualquer gesto compreensível. E como não respondeu se ela tinha visto o filhote que procurava, a menina resolveu tentar outra coisa.
“Sabe onde eu posso achar o caminho para casa?”
Desta vez, uma resposta diferente foi expressa. Ela virou o rosto dela para o lado e saiu andando. Nella olhou para ela, surpresa por saber que ela a indicava o caminho de volta. Ela decidiu acompanhá-la a fim de ver os rostos dos pais.
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O tempo passou depois que Nella acompanhou a loba até a saída da floresta. No meio do retorno, ela parou. Sentiu alguma coisa por entre a vegetação e as árvores que nos observava. A pequena estranhou aquele comportamento repentino dela.
“O que houve? Por que você parou?” perguntou ela com uma expressão espantada.
A loba não emitiu nenhum tipo de som para responder a pergunta. Mas ela mantinha seu olhar fixo para onde estaria quem estivesse observando elas. E no mesmo instante, escutaram o som de alguém saindo dos arbustos. Era o filhote de cabrito que Nella estava correndo para pegá-lo e levá-lo de volta pra casa.
“É o filhote!” disse a criança animada. Precisava trazê-lo de volta com elas. E no momento que Nella estava para pegá-lo, um enorme vulto surge do arbusto e apanha a jovem criatura com suas garras e presas afiadas. Foi assustador ver aquilo numa só tarde. A criatura que abocanhou em cheio o cabritinho era um Ser-Lobo, igual nas histórias contadas pela minha mãe e pelos outros na tribo. Corpo de homem, cabeça de lobo, pelos escuros, presas e garras afiadas e olhos escuros. Tanto a loba como a Nella estavam assustadas. Tentaram recuar aos poucos. Mas o monstro se aproximava delas com aqueles dentes afiados e manchados de sangue, se preparando para atacar.
Quando ele estava para atacar, ouviram o som de passos e vozes humanas que se aproximavam. Eram o pai de Nella e o Johann.
“Nella!” chamou o pai da menina desaparecida.
“Papai!”
O Ser-Lobo encarava os dois caçadores. Eles dispararam suas flechas no corpo peludo da criatura e se preparavam para os próximos disparos. O monstro rugiu quando recebeu mais duas flechas. A loba fugiu quando Johann chegou na pequena e a agarrou.
“Peguei a sua filha, Stephen!”
“Ótimo! Agora volte à aldeia e traga ajuda!”
“Mas e você?!”
“Eu vou segurá-lo o máximo que puder.”
“Eu não posso deixá-lo aqui com o Ser-Lobo!” exclamou o amigo do caçador.
“Faça o que eu digo! Se eu for com vocês, esse monstro vai nos alcançar e depois vai atacar a aldeia!”
Nella não estava entendendo tudo aquilo. Johann concordou com o plano dele e se preparava para correr. Ela tentou chamar o pai dela antes da partida.
“Papai!”
“Filha, haja o que houver, eu te amo mais do que qualquer coisa neste mundo.” respondeu ele com um sorriso. Em seguida, Johann correu com ela nos braços. Nella não queria deixar o pai dela lá com o Ser-Lobo. Os olhos dela se encharcaram de lágrimas enquanto assistia ele enfrentando a criatura assustadora. Depois daquele dia, nunca mais o viu.
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Mais tarde, Johann voltou para aquele lugar, junto de outros caçadores da tribo. Todos estavam armados com arcos, flechas, tochas e machados para enfrentar aquela criatura que nos emboscou. O sol beirava o horizonte, prestes a desaparecer e a lua surgir do céu. E quando finalmente chegaram, só puderam ver um homem caído no chão com um olhar inexpressivo e a garganta perfurada com apenas o sangue evacuado pela mordida. Stephen, o pai de Nella, foi morto no momento em que defendia a vida dela e a de Johann se ele tivesse ficado para ajudar o amigo.
-x-
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