Claymore: The Chronicles - Book 1 Chpt 1 [Portuguese - BR]

Claymore: The Chronicles [Portuguese - BR]


Descrição:

Claymore: As Crônicas de Tony é uma série de fãs de quadrinhos e histórias, criada por Antony Arnoni, um grande fã de Claymore de Norihiro Yagi. A série tem diferentes histórias dos personagens da série manga/anime de Yagi, todos focalizando em algumas jornadas, alguma ação e alguma diversão com os personagens favoritos (e alguns menos).

O foco da história são as aventuras de um menino chamado Tony, um jovem Templário de nível neófito que entra na Organização para aprender mais sobre Claymores e Yomas. Até o momento em que ele foi inserido pela Organização na equipe de Irene, com as instrutoras Sofia (Número 3), Noel (Número 4), Ilena (Número 2 e, eu prefiro Irene. Soa melhor pelo nome original e para evitar erros com Elena da Geração da Clare), e a nova recruta Priscila.

Ao longo da jornada, Tony encontra novos personagens e novas pessoas além da Organização e dos Yomas, como Teresa, Clare, Galatea, Rafaela, os outros guerreiros e William, o Traiçoeiro.


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Capítulo 1: Novo recruta

Em um mundo cercado de mistério, um mundo povoado por humanos e criaturas sinistras que habitam nas sombras, à espreita dos humanos e se passarem por eles após se alimentarem de seus cérebros e tripas. A humanidade vive sob pressão e medo dessas criaturas denominadas de Yomas, exceto quando recorrem a serviços prestados por meio de uma misteriosa Organização que visa em proteger os povoados por meio de mulheres treinadas conhecidas por entre os humanos de Claymore. A razão desse nome é pelas pesadas espadas, manuseadas com duas mãos. Além disso, elas também possuíam um outro nome: as bruxas de olhos prateados, por causa de seus olhos terem uma coloração prateada, cabelo loiro a branco e pele pálida.

Os contratos prestados para conseguir proteção que a Organização concebia aos humanos era caro para algumas aldeias e aqueles que não conseguem pagar pelos serviços deles, correm o risco de terem futuros pedidos negados.

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Era um dia tranquilo e simples numa região distante, duas guerreiras esperavam pela chegada de mais outras duas. Uma delas tinha um par de orelhas pontudas que lembram bastante um elfo, cabelo longo prateado e um olhar sério além de uma feição física definida para uma mulher madura, como pernas firmes mas não tão grossas e não tão finas e seios de tamanho moderado. A outra tinha um cabelo loiro curto, uma aparência física mais jovem e um olhar sério, porém as pálpebras dela não são caídas como as da guerreira mais velha.

Priscila: Irene?

Irene: Aguarde, Priscila. Em breve as outras estarão aqui e passarei o motivo da nossa chegada aqui.

Priscila: E tem boas expectativas no novo trainee?

Irene: Eu espero que não ele cause problemas pro nosso lado. Desconsiderando isso, esperamos por bons resultados.

Irene era na época a guerreira Número 2 da Organização enquanto que a Priscila começou recentemente. Dizem que são no total 47 guerreiras, cada uma posicionada conforme suas especificações de habilidades e atributos em regiões específicas para a contenção de Yomas, exceto quando suas tarefas sejam de alto risco e envolvam mais de uma guerreira.

Enquanto elas aguardavam pela chegada do novo trainee, as outras guerreiras chegavam atrasadas. Uma tinha a feição de tomboy, cabelo loiro curto com as pontas levantadas para direções diferentes e uma aparência física próxima de atleta. A outra tinha cabelos loiros tombados, um estilo que lembra bastante uma princesa, e um porte físico delgado.

Noel: Ei Irene!

Irene (infeliz): Estão atrasadas, Noel, Sofia!

Sofia (apontando para a colega): Noel foi a atrasada em seu equipar. Não foi minha culpa.

Noel (cruzando seus braços): É. Estava tendo um sonho bom até que esta aí me chutou do meu cantinho.

Irene: Não estou interessada em ouvir desculpas. Vocês foram chamadas para uma missão importante. Fui clara?

Noel e Sofia: Sim, senhorita Irene.

Priscila: Senhorita Irene, posso interromper por um momento? Agora que estamos aqui reunidas, poderia nos dizer a razão da Organização nos ter chamado?

Irene: Mas é claro (Irene introduz a recruta para as outras garotas). Esta é Priscila, nossa nova recruta e virá nos ajudar com a missão de hoje.

Depois de encontrar a recruta, as guerreiras prestaram atenção na guerreira do posto Número 2.

Irene: Entretanto, a razão de estarmos reunidas aqui é que fomos chamadas pela Organização em ajudar com o nosso novo trainee, vindo de seu batalhão.

Sofia (curiosa): Trainee? Sério mesmo?

Noel (séria): Como assim? Fomos chamadas para vir pra aqui, só com a tarefa de cuidar de criancinhas? Não me faça rir!

Irene (séria): Permita-me concluir o assunto para que você possa dizer o que quiser!

Tendo dito aquilo, Noel ficou na escuta enquanto a Sofia gesticulava uma insatisfação de sua rival.

Irene: Muito bem. O nosso trainee é um rapaz que recentemente foi nomeado pelo seu grupo para fazer parte da Organização por algum tempo. (com uma expressão desagradável) E pra ser sincera, ele não somente está atrasado como também não é como uma de nós.

Sofia: Um rapaz? Como assim “um rapaz”, Irene?

Noel: É! Que história é essa de que vamos cuidar de um rapaz? E ainda mais nomeado pela Organização de um batalhão que não faz parte do nosso?

Irene: Vocês verão.

No meio daquele tempo agradável, uma figura humana surge no meio do horizonte. Vestindo uma longa capa azul com bordas douradas e um desenho de duas luas na frente de uma estrela de quatro pontas. Seu cabelo era um longo e comprido rabo de cavalo. Em vez de um traje do mesmo material usado pelas Claymores, era uma armadura espessa e resistente, e sua espada era diferente delas. Consistia em desembainhá-la da cintura, tendo apena um fio de corte e uma leveza como um sabre.

Ele está diante da Irene e das outras guerreiras. Noel, Sofia e Priscila estavam surpresas ao conhecê-lo. Seus olhos e cabelo são castanhos e tinha quase a mesma idade que as guerreiras de patente inferior à da Irene.

Irene: Noel, Priscila, Sofia, permita-me em apresentar nosso trainee. Tony. Ele é o neófito de seu batalhão. E ele vai nos ajudar na nossa jornada.

Tony: Prazer em te conhecer. Como já devem saber, eu não sou o que chamam de Claymore. No lugar, sou um cavaleiro, precisamente, Templário.

Priscila: O que é um Templário?

Irene: É o que acredito ser o nosso equivalente. Mas ao contrário de nós, ele não carrega carne e sangue de Yoma em seu interior.

Noel (incrédula): Mas o que o faz dele um candidato perfeito para caçar Yoma se ele não é como nós, Irene?

Irene: Simples, Noel. Nós veremos o seu potencial quando formos ao campo e testar as habilidades do nosso trainee.

Sofia: Irene, eu não gosto de ser rude, mas não acho que é uma boa ideia da Organização por mandá-lo até nós. Por um lado, não há homens entre nós para enfrentar Yoma neste tempo.

Tony: É porque eu não sou do que vocês chamam de Organização.

Irene: Tony é de um grupo de guerreiros poderosos denominados de A Expedição Ai'Qaad.

Noel: Nunca ouvimos falar deles.

Priscila: Nem eu.

Irene: Eu também. Mas eles voluntariam o jovem trainee para nos ajudar.

Tony: Não se preocupe comigo, elfa. Eu posso ajudar com qualquer coisa que precisa na nossa jornada.

Irene escutou aquela linha de sua frase e ficou insatisfeita.

Irene (quase brava): Não me chame disso. Por que você acha que sou uma elfa?

Tony: É por causa de suas orelhas pontudas.

Noel riu daquela zombaria. O olhar de Irene era tão assustador diante da Número 4.

Irene (séria): Tente controlar seus impulsos, Noel. A menos que eu envie um relatório do seu comportamento irresponsável. E a você, Tony, tente ser sério se não quiser que eu o inclua no meu relatório.

Tony: Como comandar, Irene.

Todas as guerreiras estavam olhando em Irene enquanto instruía nossa missão.

Irene: Essas são todas as informações que temos para este trabalho. Eu quero vocês nestes vilarejos e atenda suas tarefas difíceis com Yoma, enquanto Priscila e Tony vão aprender suas respectivas tarefas de nossa chamada. Noel e Sofia são mais experientes nestas situações, então não precisam se preocupar demais. Resolverei um assunto com eles a respeito de um lugar adequado para nos estabelecer. Dispensados.

Todos: Entendido, Irene.

Noel e Sofia foram guiando os dois novatos até o vilarejo da qual o indicaram para demonstrar as habilidades de Tony e Priscila. Em meio a partida, Irene prossegue até o seu curso individual a fim de tratar daquilo que mencionou aos quatro antes da separação.

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Dez minutos após a partida, as guerreiras e os trainees foram ao primeiro vilarejo. Antes de entrarem, Noel e Sofia foram passar as instruções básicas de como operar numa missão desse porte.

Sofia: Muito bem. Irene nos colocou como as responsáveis por suas ações. E nem faço ideia o porque de colocar a Noel nessa tarefa também.

Noel: Falando desse jeito, parece que vai botar boa sorte e força no pessoal, hein Sofia.

Sofia (com os olhos fechados, demonstrando certo grau de vaidade): É porque você é meio burrinha.

Noel (zangada): E você é desastrada com força bruta!

Priscila (levantando para intervir na discussão): Gente, vocês não vão ajudar muito se continuarem discutindo!

Tony: É. Precisamos de atenção dobrada na nossa tarefa enquanto vocês vivem se discutindo por conta de uma posição importante.

Noel e Sofia se controlaram por conta da discussão.

Sofia: Tá legal. Vocês venceram a gente.

Noel: Vamos o que interessa. Geralmente uma guerreira é chamada para uma missão desse porte. Há exceções quando existem mais de um Yoma ou quando são mais difíceis de matar com uma de nós.

Sofia (explicava enquanto desenhava com um graveto no chão terroso): A missão é simples. Informe o motivo de ter sido chamado e que a recompensa da missão só será efetivada quando o problema for eliminado e que um homem de preto viria buscá-la se isso acontecer.

Noel: Mas caso falhe, diga que não será necessário o pagamento.

Tony: Tá. Mas e se fosse necessário um enterro decente pelo nosso fracasso?

Noel (sem graça): Por acaso é bobo ou o quê?

Priscila: Vai ver que é a cultura dele e dos Templários de requisitarem um enterro decente.

Sofia: Yomas comem tripas, cérebro e carne humana. Nem será preciso um enterro desse tipo quando o monstro tiver devorado suas últimas carcaças.

Tony (botando os braços na nuca): Hã? Vocês são muito cruéis desse modo. Mas vamos ao principal da tarefa.

Sofia: Enfim, informe o principal da missão, localize e mate o Yoma, mesmo que esteja entre a população local. Mas lembrem-se, é estritamente proibido para nós matarmos humanos, mesmo estando num conflito entre eles.

Tony: Por quê? Mesmo se um determinado grupo de humanos não tiver algo para se defenderem de outros, seria covardice da nossa parte deixá-los morrer assim.

Noel: Infelizmente são nossas normas. Não podemos agir por conta própria e matar humanos por aí. Seríamos marcadas como traidoras e mancharia ainda mais a nossa imagem perante a Organização.

Tony: É. Mas como havia dito, não sou da Organização e algumas das regras não se aplicam em mim.

Priscila: Mas Tony, você está entre nós. Então não há como agir por conta própria mesmo que tenha de proteger humanos de outros. Nossa tarefa é protegê-los dos monstros.

Tony: Entretanto, humano que caça e mata humano, é pior do que Yoma. O mesmo vale para um Templário matar outro Templário sem razão legítima. Nos tornamos piores do que os nossos próprios irmãos caídos.

As Claymores o encaravam seriamente enquanto tratava daquele assunto. Em seguida, prosseguiram para o principal.

Sofia: De todo modo, estas são nossas tarefas. Como demonstração, colocaremos a Noel para ir neste vilarejo e mostrá-los como deve ser feito.

Noel (séria): Eu? Mas por quê?

Sofia (fechando os olhos): Porque você sempre quer ficar na minha frente, entanto vou deixá-la ir como primeira.

Noel: Tá. Mas não diga que eu te avisei se as coisas estragarem pro meu lado.

Sofia: Excelente. Alguém gostaria de fazer outra pergunta antes da macaca ir na frente e mostrar um pouco de pancadaria? (Noel ficou brava com a colega)

Tony (erguendo sua mão para o alto): Eu. O homem de preto, só pra saber. Quem seria por via de dúvidas.

Sofia: As vezes costuma ser qualquer um da Organização. Mas o nosso da vez é o Rubel.

Tony ficou um pouco aliviado ao ouvir o nome Rubel.

Tony: Ainda bem. Pois o outro lá, o encapuzado…

Priscila: Orsay?

Tony (seus dentes estavam a mostra para as garotas): Aquele aí é esquisito e estranho. Eu não toparia ver a cara dele novamente.

Sofia: Tony, Orsay não é um cara suspeito. Não há razão para temê-lo.

Tony: Não é isso. Sua expressão é que é esquisita, além do seu rosto. Por isso é medonho para o meu gosto.

Curiosamente, os dentes de fundo e caninos do Tony eram afiados e bem pontudos, como presas de dragão.

Noel: Tá. De qualquer forma, vamos mostrar um pouco de ação pra estes pentelhos. (se levantou e prossegue andando)

Priscila fica descontente com o comentário da Número 4 por chamá-la de pentelha.

Priscila (brava): Ei, cadê as suas… (a outra já estava longe para escutar)

Tony: Sofia, ela é realmente tão casca dura?

Sofia (suspira): Sempre, Tony.

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Os três prosseguiram para observar o comportamento da outra em ação. Como a Noel ficou encarregada de fazer as introduções, Priscila e Tony estavam por perto de Sofia para terem uma noção de como funciona o dever de uma Claymore. Apesar de estarem na postura de ouvintes enquanto a Noel falava com o líder da vila, isto auxiliaria os dois trainees a fim de colocarem o que aprenderam em prática.

Noel: Fui mandada pela Organização a fim de deter o Yoma que os atormenta. Não será necessário pagamento de imediato pelos serviços prestados. Um homem de preto virá para pegá-la assim que a tarefa estiver terminada. Se eu falhar, não será necessário entregar a ele a recompensa da tarefa.

Líder da aldeia: Entendo. Sabe, a nossa aldeia é pequena e o tanto que temos pode bancar os seus serviços. É o que podemos fazer para te compensar para nos salvar do Yoma.

Noel: Neste caso, vão se preparando para arrumarem o dinheiro e entregarem pro homem de preto enquanto cuidamos do Yoma.

Concluído a conversa, ela se reuniu com o grupo e saíram vasculhando os cantos da aldeia em busca do Yoma escondido. Não havia nada a não ser becos e casas.

Noel (furiosa após vasculhar todos os cantos): Droga! Esse Yoma é bem esperto.

Sofia: Tenha paciência, Noel. Ele vai aparecer para atacar.

Priscila olhava para os lados e Tony para frente. De repente, o som começa a ficar sinistro quando passava pelo ouvido dele.

Tony (pensando): (Mas que sensação é essa? Nunca senti algo tão tenebroso. Mas o que é?)

De repente, ouviram um grito de uma mulher do outro lado da rua. Os quatro guerreiros foram investigar. Chegando no lugar, era um Yoma bem grande, se preparando para atacar sua vítima. E ao fazer, a aldeã tampou seu rosto com sua mão. Mas foi salva por Tony ao saltar para pegá-la e tirá-la do perigo.

Tony: Você está bem? Sugiro que corra o mais rápido que puder!

A aldeã saiu correndo, deixando o Yoma com os guerreiros.

Noel (animada): Finalmente, um pouco de ação!

Sofia: Então, como planeja derrotá-lo, Noel?

Noel: É simples, Sofia. Em apenas dois minutos, eu fatio a cabeça desse monstro.

Priscila (segurando os lábios com seus dentes): Você tem certeza?

Noel: Aí, pirralha, se tem uma coisa que sei, é que seu estado de preocupação tá me irritando!

Ao avançar com velocidade, Noel desferiu um golpe acrobático por cima do monstro e não conseguiu pegar a cabeça, mas o ombro teve um baita rombo. Ao descer no chão, virou seu rosto furioso. O Yoma gritava e foi lançar seu soco na Claymore. Entretanto, um golpe de espada veio para decepá-lo. Era a Sofia.

Noel (frustrada por ver a colega tomando sua cena): Sempre se metendo nas minhas caças.

Sofia: Aprecio a sua preocupação, Noel.

Quando ouviram o bicho gritar novamente e partir para o ataque, Priscila interveio no avanço.

Priscila: Eu não permitirei que machuque as minhas instrutoras! (lançou seu golpe para decepar o outro braço)

Em seguida, Tony estava observando para o Yoma, enquanto avançava para perto da criatura.

Noel (vendo o Templário andar calmamente em direção do alvo): Ei! Faça alguma, tonto!

Tony (calmo): Aprecio o aviso. Só gostaria de estudá-lo um pouco mais.

Sofia (furiosa): Estude eles quando este estiver morto!

Tony parou por um instante. E quando o Yoma o notava, foi abocanhá-lo com seus dentes.

Tony: Mas que péssimo hálito. Que pena, eu queria um Yoma vivo para entender melhor seu comportamento. Mas este aqui está fora de cogitação. 

Ele desembainhou sua espada e partiu a cabeça ao meio sem se esforçar tanto. O corpo do Yoma caiu duro no chão. E foi-se um na primeira missão.

Priscila (correndo até Tony): Tony. Você está bem?

Tony: Claro. Aquele monstro não foi tão assustador quanto pensava que fosse.

As duas instrutoras chegaram perto com um olhar bem zangado.

Tony: Acho que estou devendo um pedido de desculpas por isso.

Sofia: Não exatamente. Mas deveria tomar cuidado na próxima se forem te atacar dessa forma.

Noel: Além do mais, esse aí era meu!

Tony (guardando a espada no lugar): Foi mal aí, Noel. Acho que me empolguei demais.

Ela cruzou seus braços de infelicidade. Tony ficou um pouco chateado com aquilo. De repente, um dos aldeões veio no local.

Aldeão: Ah, me desculpem. Eu não esperava que conseguissem derrubar o Yoma assim, tão rapidamente.

As Claymores viraram sua atenção para ele. Para o susto dele, Noel avançou com tanta rapidez com a espada em sua mão.

Noel: Aposto que somos tão rápidas para perceber que não era apenas um Yoma neste vilarejo.

Em seguida, o corpo daquele aldeão foi dilacerado ao meio. Tony ficou assustado ao ver aquilo, mas quando viu o sangue jorrando para fora, sua coloração não era avermelhada, e sim rosada. Aquele aldeão era um segundo Yoma. Ao contrário do outro, conseguiu se disfarçar entre a população.

Tony (assustado): Caramba, Noel. Essa quase me matou de susto.

Noel removeu o sangue de sua espada ao sacudi-la no ar.

Sofia: Lembre-se Tony, Yomas podem se disfarçar de humanos perfeitamente. Basta digerirem as vísceras e o cérebro de suas presas e já adquirem as memórias, personalidades e forma física delas.

Priscila (elogiando a instrutora): Incrível, Noel.

Noel (sorrindo): Valeu. Ao menos já tenho um Yoma abatido neste vilarejo.

Noel e as outras deixaram o vilarejo com a tarefa bem-sucedida. Bem, em partes em relação ao jovem Tony.

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No meio do caminho para o próximo local de treinamento, o grupo parou para descansar no meio da estrada. Sem um local apropriado para descansar, o jovem neófito precisava utilizar sua bolsa como travesseiro enquanto que elas contariam com as espadas para apoiarem suas costas na lâmina a fim de descansar.

Com a fogueira acesa, as instrutoras estavam contando suas histórias de como venceram incontáveis Yomas para Priscila e Tony. No meio da conversa, o neófito acabou perdendo atenção por conta de hoje. A tristeza tomava conta de seu coração. Tendo aquele susto e a crítica recebida das guerreiras mais experientes, ele sentia que este treinamento não seja aquilo que esperava em comparação os primeiros dias na Expedição.

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No meio da noite, as Claymores estavam dormindo sentadas enquanto suas espadas apoiavam suas costas. Tony não conseguia dormir direito depois de tudo. Resolveu se levantar e preparar suas coisas. O barulho de seus fechos da armadura tiraram um pouco o sono de Priscila. E quando ela abriu seus olhos, viu aquela figura andando para frente, se distanciando da fogueira. Foi de atrás para tentar conversar com ele.

Tony tinha motivos de que não era aquilo que queria, receber instrução de Claymores, caçar Yomas ou não ter atenção das outras para contar histórias. Ao avançar, ouviu um chamado.

Priscila: Tony.

Ele percebeu a presença da novata. Parou num instante para conversar.

Priscila (preocupada): O que está fazendo?

Tony: Partindo.

Priscila: Por quê?

Tony (suspirou para ter coragem de contar): Aqui não é o meu lugar.

Priscila: Como assim?

Tony: Você viu para elas. Me botaram para baixo depois de hoje, do momento que estava perto demais daquele Yoma e ter roubado a caçada da Noel. Acho que não foi boa ideia de terem me colocado na equipe de vocês.

Priscila: E… isso te incomoda tanto para tomar tal decisão?

Tony: Um pouco. (suspirou e se prepara para andar pra frente) Acho que vou indo.

Ao andar para frente, a jovem guerreira o chamou novamente.

Priscila: E… sabe ao menos para onde vai? Eu não gostaria de vê-lo sozinho em um mundo tão sombrio e perigoso como este.

Tony: Não se preocupe, Priscila. Templários sabem o caminho para suas províncias e acampamentos. Aposto que há um em frente. Seis léguas, eu diria.

O jovem Templário se despediu da Claymore e prossegue a pé para o acampamento da Expedição Ai'Qaad. Vendo ele indo embora daquele jeito, Priscila ficou chateada da forma de como o jovem rapaz foi recebido pelas guerreiras mais graduadas.

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Dia seguinte, as outras Claymores acordaram.

Noel (bocejando e esticando seus braços): Bom-dia Sofia.

Sofia (fazia o mesmo): Bom-dia Noel. (Ela nota a jovem Priscila sentada meio triste) Aí, bom-dia Priscila.

Percebendo que não respondeu, Sofia foi até a novata.

Sofia: Ei, o que houve por aqui?

Noel: Vocês por acaso viram aquele rapaz?

Priscila virou seu rosto entristecido para elas e ficaram assustadas.

Priscila (chorando): Ele foi embora.

Sofia: O quê?

Noel: Como assim?!

Priscila contou tudo para as duas a razão do Templário ter ido embora.

Sofia (arrependida): Eu… eu não sabia que ele ficou desse jeito depois daquilo na aldeia.

Noel (não se importando muito): Ele era só um idiota por deixar a gente.

Sofia (brava): Noel! Você é que foi a idiota no começo! Você o assustou com esse seu temperamento visível no meio da missão!

Noel (discutindo): Eu?! Mas você também a idiota também, por deixar ele tomar aquele Yoma!

Priscila (gritando): Chega, vocês duas! A princípio, vocês deveriam cuidar dele como instrutoras disciplinadas! Em vez disso, sua discussão e grosseria é que botaram a autoestima dele pra baixo, fazendo ele ir embora!

As duas ficaram arrependidas quando a novata levantou sua voz e apontaram que estavam erradas por terem zangado com Tony. Em seguida, Noel começou a chorar e a Sofia abaixou sua cabeça.

Noel (chorando): Eu fui… muito grossa com ele. Eu não deveria ter zangado com ele daquela forma.

Sofia colocou sua mão no ombro da amiga.

Sofia: Eu também, Noel. Mas o mais importante é encontrar o Tony e pedir desculpas para ele. (Sofia se levanta e prossegue para a novata) Priscila, tem ideia para onde ele foi?

Priscila: Ele disse de um acampamento da Expedição, daqui umas seis léguas.

Noel: Seis léguas? E em que direção?

A novata aponta com a mão estendida para frente. As duas ficaram assustadas com a direção que ele tomou.

Noel: Naquela direção ele não vai aguentar por muito tempo.

Sofia: Há relatos de Yomas numa floresta naquela direção. Sem falar de que há uma possível existência de um Yoma incomum naquela região.

Priscila: Um Yoma incomum?

Noel: Alguns Yomas podem ser maiores do que os outros e são extremamente perigosos. Três guerreiras que foram para lá não retornaram de suas missões.

Sofia: Se o Tony tomou este caminho para ir de encontro com seu acampamento, não vai durar se engajar com Yomas e o incomum.

Priscila (pegando sua espada): Então, o que estamos esperando? Devemos ajudá-lo!

Noel (estendendo suas mãos, pedindo para acalmar): Opa, vá com calma, Priscila. Precisamos avisar a Irene do acontecido.

Priscila (séria): Noel, Irene está bem longe daqui. Se formos até ela, não conseguiremos alcançar o Tony e seria tarde demais.

Sofia (concordando com a novata): Priscila está certa. Além do mais, ela não gostaria de ouvir da nossa atenção com o Tony ter saído da linha. Devemos ir imediatamente.

Noel (suspirando enquanto pegava sua espada): Como vocês são tão difíceis. Tá, vamos encontrar o Tony antes que vire comida de Yoma.

As três Claymores pegaram suas armas e prosseguem para encontrar o Tony.

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Tony entrou na floresta extremamente densa. Diversos pinheiros cobriam o horizonte e a luz do sol não tocava o chão. Ele andava sem saber dos prováveis perigos que o aguardavam no momento que entrou na floresta. Ao avançar para frente, vultos começaram a se locomover com rapidez por toda floresta.

De longe, ouviu o som de quem deu um salto em direção dele. O Templário sacou sua espada para se defender. E no momento que se armou, Yomas começaram a cercá-lo. Tony manteve firme em sua postura e sacudiu sua espada em cada Yoma que avançava nele. O estilo de combate envolvia saltos e golpes cruzados de espada. Esse estilo é denominado de Espadachim Dançarino, passado para vários cavaleiros e lutadores Ai'Qaad. Vários Templários Ai'Qaad passaram a utilizar esse estilo de esgrima, até perder importância em relação das outras artes de combate, como o Espadachim da Montanha Rígida. As vantagens e desvantagens do Espadachim Dançarino são amplas e visíveis. A força consiste golpes cruzados de espada e formações equilibradas de instâncias defensivas e ofensivas. Saltos no ar e passos como a de um dançarino são comuns para um espadachim Ai'Qaad, porém são centralizados em avançar oponentes nas diversas direções. Ai'Qaad costumam ataques muito fechados e circulares para alvos frontais, o que desprotegem suas costas ou as laterais, o que o torna Espadachim Dançarino ineficiente em defesa de todo campo. Já as fraquezas, os níveis avançados do estilo envolvem muita acrobacia, o que tornou muito obsoleto para Templários quando equipam suas armaduras espessas e armas pesadas. Além disso, golpes muito circulares costumam ser muito fracos por abordar mobilidade e velocidade. Por essas razões, ela tornou um estilo obsoleto para a maioria dos Templários.

Tony corria para frente e parava quando enfrenta seus alvos. Os Yomas saltavam e sentiam a lâmina gelada dilacerando seus corpos, o sangue se espalhando pelo chão da floresta.

Tony (erguendo sua espada): Esses Yomas não vão parar até que esteja morto.

A horda vinha mais e mais para cima dele. De repente, outros Yomas foram abatidos por um pequeno grupo de guerreiras, vindo da direção na qual ele tinha partido. E quando viu, para a surpresa são Noel, Sofia e Priscila, correndo e atacando os agressores. Os monstros que o cercavam se afastaram para se reunirem. As guerreiras se aproximaram do jovem neófito.

Tony (surpreso): Priscila? Noel? Sofia?

Priscila (correndo para abraçá-lo): É bom te de novo.

Sofia (fechando os olhos, mas sorrindo): Você é um tanto louco para vir neste pedaço de mundo e encarar uma horda de Yomas.

Noel (olhando o redor dela): Mal chegamos e você conseguiu sozinho abater alguns Yomas, pouco antes de chegarmos para ajudá-lo.

Priscila encarava as suas instrutoras a ponto de recordá-las a razão de terem chegado. De pedirem desculpas a ele.

Sofia (suspirava): Tá bem. Gostaríamos de te pedir desculpas pelo que aconteceu lá no vilarejo.

Noel (abaixava a cabeça): É. Eu também gostaria de desculpá-lo. Muito por ter gritado e ignorado você.

Tony: Aprecio as suas desculpas. (sua atenção muda para os Yomas) Mas acho que agora não é um bom momento para as desculpas.

Priscila: Bom, conseguimos chegar até aqui para encontrá-lo, mas não gostaria de nos encontrarmos após a morte para este bando de Yomas.

Noel (sorrindo para a situação adversa): Vocês podem pensar dessa forma. Eu penso numa forma de fincar minha espada neles.

Sofia: Você continua sendo a que mais puxa briga da Organização. Ao menos eu tenho sempre uma boa atenção nas minhas lutas.

Noel (contorcendo seu rosto para a Sofia): E você continua sendo a arrogante de nunca.

Tony (virando para as duas): Parem, as duas! Gostaria de descontassem suas desavenças nestes cretinos monstruosos!

As duas ficaram assustadas ao ouvir aquela frase do jovem Templário.

Priscila (séria): Então? Querem continuar com a discussão de vocês ou vamos caçar esses monstros?

Noel e Sofia sorriram ao serem inspirada pelos novatos.

Noel (sorrindo): É, aqueles dois não parecem tão fraquinhos quanto o que aparentava ser.

Sofia (sorrindo): Pois é. Vejamos quantos Yomas vão sucumbir com as nossas espadas?!

As Claymores e o Templário avançaram ferozmente. Os Yomas começaram a perder forças quando seus números decaíam. Noel avançava com seus golpes acrobáticos, enquanto Sofia partia para força bruta. Tony estava impressionado ao vê-las em ação, ainda mais para a Número 4 dando piruetas no ar. Já a Número 3, seus golpes destroçavam cada pedaço de carne Yoma que estivesse andando por aí, indo de atrás dos outros. Priscila derrotava os outros monstros que vinham. Tony partiu o último Yoma ao meio com sua espada. Concluindo a caçada, os bravos heróis levantaram suas espadas ao alto, celebrando sua vitória.

Sofia (animada): Aeee!

Noel (animada): Muito bom!

Sofia (animada): Mandaram bem, meninas!

Tony olhava para o ânimo delas. Elas decidiram parabenizá-lo também pelos esforços.

Sofia (sorrindo): Você mandou bem também, Tony.

Noel: É. Seus golpes com espada foram incríveis também.

Ele sorriu como sua resposta. Priscila ficou feliz por tudo ter terminado bem.

Priscila: Bom, parece que não vamos ter mais problemas daqui pra frente. Precisamos retornar para o acampamento e avisar a Irene da situação.

O pessoal concordou com ela e foram andando. A situação, entretanto, mudou negativamente para a equipe quando o último dos Yomas despertou. E sua aparência era de uma criatura alta, forte com a pele amarronzada. Seus dentes e garras eram afiadas, capazes de perfurar a mais resistente das armaduras já fabricadas pelo homem. Os olhos dele eram dourados, da mesma forma que a dos outros Yomas de categoria comum.

Quando elas viram, ficaram assustadas. Sabiam que ele era o responsável pela morte de três guerreiras que ousaram vir para esta floresta sem a consideração de qualquer aviso e se elas não tomarem cuidado, serão uma adição às baixas da Organização, junto o Tony como a primeira baixa da Expedição.

Noel (assustada): Essa não! É o Grandão!

Sofia (cerrando os dentes): Droga! A nossa luta acabou chamando a atenção do Yoma incomum!

O Devorador lançou um golpe estrondoso no chão, empurrando as guerreiras para trás.

Tony: Mas o que é isto?!

Priscila: É um Yoma incomum! É bem maior do que os outros!

O monstro liberou um forte grito para intimidá-los.

Noel (estendendo o braço esquerdo na frente de seu rosto): Se o Tony não tivesse deixado o acampamento para vir de encontro com esse Grandão, a gente não estaria numa situação extremamente desagradável!

Sofia: Noel, agora não é a hora de culpar ninguém pelo que fez! E outra, fomos nós que o desmoralizamos a ponto de tomar este caminho tortuoso, então a culpa seria nossa!

Noel (olhava com surpresa para a colega): Você está certa sobre isto, Sofia! Mas agora, precisamos usar tudo o que temos para derrubar esse monstro! (a cor dos olhos de Noel muda para um amarelo dourado, e suas pupilas se retraem)

As guerreiras da Organização são conhecidas por possuírem sangue e carne de Yoma implantado nos seus corpos. Dessa forma, tem acesso a força e habilidades além da compreensão humana. Esse poder é chamado de aura Yoki, na qual elas manifestam em suas lutas com os Yomas. Entretanto, esse mesmo poder tem sido sua perdição, pois foi estabelecido um limite para os usuários de Yoki sob as seguintes marcações: 10% do Yoki, seus olhos mudam de cor; 30%, seus rostos se desconfiguram; 50%, seus corpos se desconfiguram; e 70% é o limite máximo que conseguem atingir. Mas ao atingir os 80%, é o ponto crítico do Yoki na qual não há chances de retorno. É onde atingem um grau denominado de Despertar, uma guerreira pode se tornar algo além de ser uma Yoma.

Sofia e Priscila ativaram seu Yoki para auxiliar Noel na luta contra o Yoma incomum. Porém o Tony não é um Claymore, o que tinha certas desvantagens nesta luta.

Tony: Tô vendo que esta luta vai ser acirrada. (ele pega sua espada e prossegue na luta)

Entrando na zona de batalha, Tony foi atacar as pernas do Yoma. De repente, Sofia o vê atacando nesses pontos que não reparou no chute que viria chegar.

Sofia: Tony, cuidado!

Quando ele ouviu o aviso, imediatamente foi arremessado com o chute e acertar uma árvore. Sofia e as outras atacavam de ambos os lugares. Ombro, cabeça, costas, braços e pernas. O Grandão tentava se livrar delas ao balançar seus braços no alto para batê-las.

Tony se recuperou do golpe e sacudiu sua cabeça. Por mais que o impacto seja alto, não houve sinais de cortes ou arranhões na sua cabeça e rosto.

Tony: Nossa! Essa doeu pra caramba.

Ele nota as guerreiras lutando concentradamente no monstro. Sabendo que elas não poderiam dar conta sozinhas, resolveu adotar uma estratégia diferente.

Tony: Eu tinha reservado isso para o final. Em caso de encarar uma ocorrência dessas. Mas vejo que não tenho outra escolha. (ele fecha seus olhos e segura sua espada com ambas as mãos)

Tony começou a despertar algo que somente ele tinha guardado. Uma das técnicas mais ferozes como Templário, fluindo por seu sangue. E ao chegar no ponto de acelerar seus batimentos cardíacos, seu rosto começou a aparecer algumas veias e artérias.

Tony (pensando): (É o único jeito de ajudar Noel, Sofia e Priscila a vencer aquele Yoma incomum. Se eu ultrapassar o limite, é provável que não haja volta se eu cair. Mas eu não quero vê-las morrer por minha causa. Eu trouxe isso para mim mesmo e coloquei em risco a vida delas, então o jeito é reverter essa situação, mesmo sacrificando… a minha própria VIDA!) (tornou a abrir seus olhos e desta vez, não eram mais castanhos, e sim vermelhos)

Tony dividiu sua espada no meio, gerando uma igual em sua outra mão. Ele despertou uma técnica chamada Cólera de Kran, ou para os humanos e Claymores: Berserker. Em seguida, liberou um grito de fúria para intensificar seus ataques.

Templários da Expedição Kaessun possuem domínio da Cólera de Kran a ponto de um único guerreiro poder dizimar um batalhão inteiro e sobreviver para contar a história. Os olhos adquirem uma cor vermelha e sua força, velocidade e precisão são multiplicados para um Ulzikrarun, porém, sofrem efeitos de regeneração interrompida, hemorragia e sangramento a longo prazo. No caso do Tony, o Berserker não tem força suficiente para tais efeitos negativos, mas também existe a possibilidade de redução da consciência e sanidade a uso prolongado. Se ultrapassar do limite, perderia a sanidade por completo a ponto de se tornar um ser sedento por sangue e violência.

Tony (sentindo a Frenesia fluindo em seu corpo): É isso aí! É agora ou NUNCA!

O Templário avançou correndo para enfrentar o Yoma. As guerreiras se assustaram com o modo que corria e se preparava para atacar seu alvo.

Priscila (assustada): Tony! O que está fazendo?! Não venha pra cá!

Noel (furiosa): Aquele pirralho está a fim de se matar, é isso mesmo!

Sofia (assustada): Tony, esse Devorador é muito forte! Você não vai conseguir sozinho!

Ele estava bem próximo para saltar.

Tony: Aprecio o aviso de vocês! Creio que não vou precisar!

Elas se assustaram e quando ele chegou perto das pernas, o monstro começou a perder estabilidade por ser atingido em cheio. O Grandão estava para atacar com dedos elásticos na direção das guerreiras, mas alguns foram detidos pelos golpes de Tony, no modo frenético. Noel abriu uma ferida no ombro direito do Yoma, Priscila cegou o olho esquerdo e Sofia decepou a mão direita. Tony avançava com velocidade e partia pedaços de carne de seu alvo, até que apresentou sinais de estresses e fadiga.

Tony (pensando): (Ah não. A fadiga… eu tenho que continuar. Não posso parar agora!)

As guerreiras aleijaram o Yoma, e quando Tony deu um salto bem alto para dilacerar as costas e no momento para cair, sua visão começou a perder foco.

Tony (pensando): (Anda! Agora não!)

Ao descerem no chão, Noel e Sofia olhavam para ele.

Noel: E agora, Sofia?

Sofia: Estamos quase no limite. Não sabemos se o Tony vai dar conta disso tudo.

Priscila (juntando suas mãos para torcer por Tony): Vamos Tony, você consegue.

Tony desceu com tudo no Yoma. No momento em que o adversário estava para deter o Templário, seu golpe errou por um instante e suas costas foram estraçalhadas pelas espadas do rapaz. E ao cair de costas no chão, Tony saltou e decepou a cabeça com um golpe rodopiante e aterrissa no chão. Sentindo o corpo encharcado de sangue, ele o tira um pouco em seu rosto, e em seguida, das suas espadas.

Tony: Bom, parece que este aí nem deu pro cheiro.

Ele une as suas armas para guardá-las. E no momento que andaria, seu Berserker forçou muito pro lado físico a ponto de derrubá-lo. Priscila correu e conseguiu segurá-lo. Tony ficou desacordado por uns minutos.

Priscila: Tony!

Noel e Sofia: Tony, você está bem?

Ele tornou a abrir seus olhos aos poucos. E ao ver os rostos delas novamente, ficou feliz por estarem vivas e seguras.

Tony: Noel…? Sofia…? Priscila?

Sofia (suspirou de aliviada): Ele está bem.

Noel (sentindo seus olhos se encharcarem de lágrimas): Ainda bem…

Priscila (surpresa enquanto ajudava Tony a ficar de pé): Ué? Está chorando por quê, Noel?

Sofia: Ah, nem ligue. Ela é só uma criança meio temperamental.

Noel não aguentou aquele momento e acabou abraçando o rapaz de tão emocionada.

Tony (sentindo um pouco de dores e sufocado pelo aperto): Opa, vai com calma aí, Noel… (em seguida, nota os olhos de Sofia ficando cheios) Ei, não me venha com choro. Se quiser me abraçar, fica a vontade. Não há volta se recusar.

Sofia (tentando esconder sua felicidade e emoção): Eu não tô chorando. É só um cisco no meu olho.

Priscila (sorrindo): Sofia…

Sofia acabou se cedendo a emoção e foi ao abraço do Tony. Em seguida a Priscila.

Tony: Pronto. Pronto. Fico feliz por vocês estarem sãs e salvas.

Depois da choradeira das Números 3 e 4, tomaram o caminho para retornarem a Irene. Entretanto, novos Yomas surgiram para detê-los. E como estavam no limite, não tinham chances de vencê-los.

Priscila: Essa não. Mais Yomas.

Noel (brava): Droga! Justo agora!

Tony: E agora?! Sofia, vocês tem um pouco de gás para derrubá-los?

Sofia: Tony, a essas alturas estamos no limite de nossas forças, como você. Não podemos avançar com tudo para cima deles.

Tony (indignado com a situação): Então é de fato o nosso fim. Que ótimo.

Os Yomas estavam se preparando para atacar. Realmente tudo parecia acabar aí mesmo, até aquele momento. Lá do fundo daquele enxame, eles ouviram uma voz de trás, ecoando para as guerreiras e o Tony, e os monstros ouviram.

Irene: Olha só. Se eu soubessem que viriam para cá, teriam trazido força extra para ajudá-los a escapar.

Quando as meninas e o rapaz viram, era a Número 2 da Organização. A Espada Relâmpago Irene. Os Yomas foram na direção dela, e para o infortúnio, ela não mexeu um músculo e os corpos deles foram destroçados do nada.

Tony: Mas o que foi isso?!

Priscila: Inacreditável.

Sofia: Caramba, é esse o potencial da Irene?

Noel: Ela não desembainhou a espada e nem mexeu um músculo sequer contra aqueles Yomas.

Irene avançava para se aproximar do grupinho. E a expressão dela era um pouco agradável.

Irene: Noel, Sofia, posso saber o que vocês e os novatos faziam aqui?

Noel (se aproximava da Número 2): Irene, foi tudo minha culpa.

As outras ficaram surpresas ao ouvir a confissão da Número 4.

Sofia (séria): Como assim, Noel? Nem foi totalmente a sua culpa.

Noel: Eu estou tentando ser modesta, Sofia!

Irene (arregalava sua sobrancelha): Ao menos, posso saber a razão disso?

Sofia: Irene, a culpa não foi toda da Noel. Foi minha também.

Priscila: E a minha também.

Tony: Eu também.

Noel: Ensinamos tudo para eles lá no vilarejo, mas acabei zangando com o Tony. (em seguida baixou sua cabeça de decepção)

Sofia: Eu também zanguei com ele. E ignoramos a sua tristeza. (também abaixou sua cabeça)

Tony: Eu decidi voltar para o meu acampamento e tomei o caminho por esta floresta.

Priscila: Eu tentei detê-lo, mas não consegui. E decidimos salvar a vida dele.

Noel: Mesmo que queríamos avisá-la, Irene, achamos melhor ir direito até ele.

Sofia: E foi isso.

Irene (botando as mãos em seus braços): Então, foi isso mesmo? Muito bem, hoje não estou de mal humor a ponto de rebaixá-las. (sua expressão rapidamente mudou para séria e fria) Mas também não vou deixar que esta situação saía impune!

Irene se aproxima das guerreiras colocadas como responsáveis.

Irene: Noel. Sofia. Vocês não podem ignorar o fato de que a responsabilidade exige tanto. E se levarem a um ponto de desmoralizarem novatos e trainees com seu tipo de comportamento, vocês ignorarão esse tipo de responsabilidade e colocá-los numa situação difícil. Até podem colocar uma atenção neles no que estiverem fazendo e for inapropriado, mas não quero façam isso de novo! Fui clara?

Noel e Sofia: Sim, senhorita Irene.

Irene: E agora você, Tony. Na sua tristeza, resolveu deixar este grupo para retornar ao seu acampamento, sem considerar o fato desta floresta ter sido infestada com Yomas há semanas. Arriscou a sua vida ao entrar neste lugar, e a de suas companheiras para abaterem o Yoma incomum. Se a situação estiver tão ruim para o seu lado e eu estiver por perto, me avise assim que for necessário para mudanças. E espero que não tenha de ouvir isso novamente se arriscar com Yomas. Fui clara?

Tony: Sim, el… quero dizer, Irene.

Irene: Então estamos acertados. Como punição, terão de limpar os seus quartos, limpar os estábulos, preparar jantar e arrumar seus uniformes. Começando está tarde quando voltarmos ao acampamento! (ela fecha os olhos para eles por terem amadurecido e as habilidades em equipe) Mas fico feliz por terem sobrevivido e trabalhado juntos para derrubar aquele Grandão. Perder três guerreiras para ela não foi fácil para a Organização arcar com isso. Venham, vamos embora antes que mais Yomas possam vir e rastrear o nosso cheiro.

Irene saiu andando na frente. Noel, Sofia, Priscila e Tony resolvem ir junto.

Tony: Mas afinal, qual a verdadeira força da Irene?

Sofia: Vamos dizer que ela é veloz, forte…

Noel: … uma líder nata, e uma baita senhora cheia de ordens.

Irene: Eu ouvi isso, Noel.

Noel: Ah, me desculpe, Irene.

Priscila: Ei Tony, o que você achou deste dia?

Tony: Eu diria, um tanto excitante e cheio de ação. Ah, Noel. Sofia. Vocês ficam bonitinhas quando se emocionam ao meu lado.

Noel e Sofia (nervosas): O quê?!

Tony (rindo): Só estou brincando.

Sofia (sem graça): Só você mesmo, não é?

Noel (sem graça): Nem me fale.

As corajosas guerreiras e o Templário prosseguem para a sua estalagem e iniciarem as suas seções punitivas, impostas por Irene. Mas naquele dia, aprenderam a conviver com as diferenças de castas, costumes e gênero.

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