Awakened New Earth - Book 1 Chpt 1 [Portuguese - BR]

Awakened New Earth [Portuguese - BR]



Descrição:

Nova Terra Alvorecida é uma história de tema futurístico / sci-fi cyberpunk, inspirado no cosplay do meu irmão de um contrabandista / soldado futurístico de um evento de anime que fomos. A narrativa da história segue em primeira pessoa e a estrutura é baseada da seguinte forma: Personagem (ação ou expressão): fala (em itálico quando é pensamento ou transmitida por meio de outro artifício, como um microfone ou aparelho televisivo).

A história é focada na vida de Ford Darbbin - um ex-Capitão da antiga Guarda Militar que lutou na Guerra Warren, onde uma raça alienígena (os Warren) quase aniquilou o planeta Terra com suas armas mortais. Após a restauração da Terra com a ajuda de outra raça alienígena, mas benigna (Nadeeco Naem’jeen), Darbbin viveu uma vida simples até que se envolveu em um assalto de banco na qual ele enfrentou os bandidos que saquearam o lugar enquanto ele estava para renovar sua conta bancária para receber os benefícios do Governo.


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Sinopse:

No ano de 2107, a humanidade encarava um desafio mais difícil de todos. Os recursos naturais da Terra se esgotaram rapidamente. A população atinge os 500 bilhões de seres humanos, tornando a Terra um planeta superpovoado. Crises de terrorismo e guerras tomaram conta de países, o que das Leis mais importantes e prezadas se tornarem coisa do passado e a Constituição foi extinta.
 
E para piorar, no dia 8 de outubro de 2107, uma frota de naves alienígenas vindas de um mundo desconhecido vieram e dizimaram quase metade do planeta. Como resposta, governos de vários países se reuniram para formar uma única forma de governo e responderam ao ataque com tudo o que tinham para afastar a invasão que trazia o fim do mundo da Terra. No dia 27 de janeiro de 2108, a humanidade e a Terra sobreviveram após uma guerra violenta contra uma força alienígena hostil e conseguiram uma vitória, apesar do custo que tiveram. A Terra se tornou um planeta árido e morto após a guerra. A humanidade encarava sérias situações como fome, superpopulação e favelas mal estruturadas.

Até que no dia 2 de fevereiro de 2108, uma outra frota de alienígenas vieram, mas que não eram daqueles invasores que quase culminaram o fim da humanidade, conseguiram auxiliar na reconstrução de uma parte do planeta, conseguindo salvar a humanidade de um outro fim. Paz e prosperidade reinavam na Terra novamente, e agora, com novas supercidades reinando acima das nuvens, foi então criada a chamada Nova Terra, enquanto a superfície árida e morta ficou conhecida como a Velha Terra, agora abrigava as memórias de uma guerra violenta e aqueles que não queriam deixar suas antigas casas.

Novas colônias foram estabelecidas em mundos além dos que a humanidade conhece, e com a ajuda de seus novos residentes vindos de outros mundos, começaram a fundar novas formas de Leis para substituírem as anteriores. Mas ainda restava uma porção de humanos que retém as antigas formas de segregação e discriminação perante os novos vizinhos e aliados.

Capítulo 1: Manhã para Perseguição

Março, dia 14 de 2113. A Terra que se conhecia antigamente agora não existe mais. O que resta agora é a superfície árida e morta, denominada de a Velha Terra. Muitos dizem que quem vai para lá podem ser criminosos extremamente perigosos, inimigos de Estado que se voltaram contra o nosso Governo, prisioneiros e doentes mentais.

Nós vivemos nas supercidades, construídas como símbolo da nossa união com os Nadeeco Naem’jeen, uma raça de extraterrestres que ajudaram a reconstruir parte de nosso planeta como gesto de gratidão por quase perdê-lo para uma outra raça alienígena extremamente hostil, denominados de Warrens. Os Warrens destruíram com parte de nossa Terra, vaporizando nossos oceanos, desmatando nossa flora, exterminando com nossos animais e pessoas. Aqueles que se foram, eram nossos entes queridos que mais importávamos na vida. Maridos, pais, filhos, irmãos, companheiros, colegas e batalhadores. Os que sobreviveram nos ataques iniciais, lutaram com tudo que tinham, mesmo que a tecnologia que possuíamos não parecia ser equiparada com a deles. Mas conseguimos mandá-los para longe, com tudo que obtivemos e o sangue e alma daqueles que se sacrificaram para salvar este planeta. Isso foi há seis anos.

Agora, vivemos em prosperidade com os Nadeeco Naem’jeen e visitantes de outros mundos para formarmos uma Nova Terra, que é o mundo que temos hoje. Embora que existam pessoas que retém traços de nossas antigas discriminações e ideias de radicalismo quanto a nossa pureza, e que algumas comunidades alienígenas moram em distritos e bairros reservados para eles mesmos por causa de nossa discriminação, tentamos conviver o mais unido possível. Eu acredito que algum dia, nós possamos nos manter como um só, sem essas ideias e discriminações.

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Em um apartamento no meio dos bairros mais movimentados de toda a Nova Terra, um homem se encontrava tomando seu café da manhã. Este é sou eu. Ford Darbbin. 22 anos de idade, caucasiano, cabelo e olhos castanhos. Sou, bom, pelo que eu era no Exército, Capitão da Guarda Militar que sobreviveu ao capítulo mais sombrio da história da humanidade por causa dos Warrens, e me proibiram de contar para outros sobre as minhas ações feitas na guerra para manter com sinal de respeito e fidelidade ao meu posto. A Guarda Militar se desfez após aquele episódio, alguns dos meus camaradas decidiram seguir com caminhos diferentes e outros haviam falecido, cumprindo seu dever pela humanidade.

Até agora não faço ideia o que os outros fazem atualmente, mas sei que estão bem. Já devem ser civis, fazendo coisas do cotidiano, e possivelmente já devem ter se casado ou tiveram filhos. Eu sou apenas um solteirão, atrás de fardas e uma pistola laser, fazendo o meu dia valer a pena.

Henrich, o computador do meu quarto: “Senhor, quando terminar o café da manhã, por favor de não se esquecer de depositar sua tigela no lava-louça. Eu me encarregarei do resto.

Terminei meu café da manhã ao depositar a colher na tigela.

Ford Darbbin: “Pode deixar, Henrich.”

Peguei o recipiente com a colher e fui depositá-los no lava-louça. Feito isso, a porta fechou e começou a lançar jatos de água fervente em volta e cima da tigela.

Ford Darbbin: “Como está o dia, Henrich?”

Henrich (avaliando a meteorologia do dia): “O dia consiste em clima agradável. 28,7 graus Celsius. Ar úmido e fresco. Céu aberto, com nenhum sinal de nuvens cúmulos nimbos.

Olhava para a janela e vi como o dia estava bem descrito por Henrich. Depois disso, fui pegar minhas coisas, como o meu colete, a pistola laser e o gerador de escudo.

Henrich: “Senhor, devo lembrá-lo de que você tem um favor que precisa resolver no banco antes de receber novos benefícios.

O serviço que havia prestado como Capitão da Guarda Militar permitia que eu recebesse benefícios do Governo como parte da minha remuneração caso enfrente situações financeiras apertadas. Quase funciona como a aposentadoria, só que com algumas exceções. O favor que precisava resolver lá era a renovação do benefício, onde que só podia ser feito pessoalmente no Banco San Royal e que me cortariam o benefício se eu atrasasse ou não comparecesse.

Ao vestir as botas, olhei para o terminal aonde Henrich fala.


Ford Darbbin: “Pode deixar.”

Descendo na garagem, posicionei minha digital no leitor do painel de acesso para destravar meu carro. As travas de segurança e os alarmes funcionam quando o portador do veículo posiciona sua digital no dispositivo e identifica se de fato é o próprio. Caso fosse outra pessoa os alarmes do carro acionariam para prevenção de roubo. Há casos de que algum esperto conseguiu o dedo do portador e implantá-lo no lugar do seu dedo, ou que conseguem passar da segurança usando controles de arrombamento, sendo que este é o mais usado atualmente pelos assaltantes mais espertos.

Ao entrar no veículo, acionei o botão de partida. Carros de hoje em dia não possuem mais chave de partida, câmbio de marcha manual, motor à combustão e uma única forma de veículo aerodinâmico. Agora existem diversos modelos de carros, projetados propositalmente com modelos diferentes, e um pouco meio esquisitos. Alguns achatados, outros bem compridos, outros bem altos e outros bem largos. Além disso, o câmbio de marchas é automático, o motor funciona a energia de baterias, as rodas têm sistemas de reestruturação, onde um furo ou um arranhão nos pneus podem ser remendados, as portas abrem virando para cima e não mais para frente, como de antigamente, e vem com GPS localizado próximo ao rádio e do para-brisa, piloto automático, comando de voz e outras coisas.

Comando de voz do carro: “Destino?

Ford Darbbin (dando a localização do meu destino): “Banco San Royal.”

Comando de voz do carro: “Obrigado e tenha uma boa viagem.

O carro ganhou potência e foi a nossa rota traçada. Enquanto dirigia, outros carros podiam ser vistos pela janela, trafegando em seus lugares traçados. As rodovias não são mais de pavimento e asfalto, e sim faixas condutoras que sustentam a frota de veículos. Muitos veículos foram projetados com motores que permitem tração magnética com as faixas. Até agora eu não vi um carro voador como em alguns filmes de ficção científica, e só não sei se eles vão fazer isso. Mas agradeceria a alguém com a brilhante ideia de colocar um sistema de mapeamento nos veículos.

No meio do caminho até o Banco San Royal, liguei o rádio para ouvir as novidades do dia. E uma delas foi um assalto a mão armada, localizada no Setor K-11. Vítimas: duas pessoas humanas baleadas e um alienígena foi assaltado e em seguida assassinado.

Ford Darbbin (pensando ao ouvir aquilo): “Aqueles cretinos!

////

No outro lado da pista, aonde o assalto aconteceu, três bandidos com aparência de punk, por causa dos cabelos tingidos, do penteado moicano e de roupas e jaquetas escuras, corriam para longe em um carro roubado e atirando no alto por aí.

Bandido de cabelo laranja (rindo): “Bem feito para aqueles miseráveis que tentaram nos barrar.”

Bandido de cabelo verde-escuro com piercings nas orelhas: “É. Com esse carro novo e alguns cartões de crédito, a gente vai longe.”

Quando as coisas pareciam ficar boas para eles, a polícia foi logo acionada. As viaturas começaram a perseguição em meio a manhã para deter os fugitivos com um veículo roubado.

Bandido meio careca com faixas roxas na cabeça: “Ah, gente. Parece que os tiras vem vindo.”

Bandido de cabelo laranja (retrucando): “Que nada. A gente ta com um carro veloz. Eles não conseguem dar conta de nós.”

Mas o que não esperavam, é que o cara mais durão da polícia se preparava para entrar em ação. Um homem alto, com um porte físico definido, trajado de colete à prova de balas, braceletes, botas e um capacete com visor, além de armado com uma pistola e uma espada laser para engajar seus alvos. Para a perseguição do veículo roubado, ele carregava sua moto para interceptar os bandidos.

Chefe Stones, do Departamento de Polícia de Operações Especiais (no outro lado da linha): “Phantom, as unidades entraram em ação no Setor K-11. Estão perseguindo um carro roubado com três infratores dentro.

Phantom 71-T9 (calibrando os amortecedores no painel): “Qual a força deles?”

Phantom 71-T9, o homem mais duro e consequentemente o braço mais forte da Lei, agindo da força bruta e métodos questionáveis, porém legalizados. É um dos agentes especiais com diversas missões especiais dadas pelo Departamento de Polícia, ou pelas siglas DPOE (PDSO em inglês para Police Department of Special Ops) para alguém do tipo dele.

Chefe Stones (no outro lado da linha): “Cerca de duas metralhadoras de energia, um rifle com munição perfurante, soqueiras de aço e controles de arrombamento.

Phantom 71-T9 (dando a partida na moto): “Então esses punks querem se meter numa roubada feia, hum? Eu faço eles entrarem no buraco na onde eles mesmos se enfiaram.”

Ao avançar para a pista da onde estava, Phantom acelerou o veículo e chegando no chão, a moto teve uma pequena forçada com o impacto mas se manteve intacta. Quando um dos bandidos olhou para trás, era uma motocicleta na frente da viatura, ganhando alcance.

Bandido meio careca com faixas roxas na cabeça (gritando): “Essa não! Eles trouxeram o Phantom pra nos perseguir!”

Bandido de cabelo verde-escuro com piercings nas orelhas (gritando): “Merda! Eu ouvi que esse cara é osso duro pra roer. Acabem com ele!” (ordenando o laranja e o roxo pegarem as armas e atirarem na moto)

Ao ver os caras se armando, Phantom acelerou um pouco mais para interceptá-los. E quando eles expuseram suas metralhadoras para fora, ele entrou em prontidão para tomar cuidado.

Phantom 71-T9 (analisando as armas pelo escâner em seu visor): “Metralhadoras do tipo Rapier R20, com munição de energia. Precisão de 27.83 no automático. Eles não fazem ideia de que vão dispersar munição a toa só para me derrubar. Tolos.”

Vendo os projéteis vindo em sua direção, o agente manobrava a moto para direita e para esquerda quando alguns tiros vinham em linha reta. Outros que vinham aleatoriamente não tinham razão para desviar. E as vezes, alguns dos tiros acertavam a estrutura metálica dos carros de polícia que vinham, porém não tinham força suficiente para perfurar a lataria e o motor e detonar quem estivesse dentro do veículo.

Policial no voltante: “Estamos sob fogo cruzado!”

Policial ao lado: “Malditos.”

Enquanto os bandidos atiravam em Phantom, as metralhadoras estavam à beira de exaurir seus pentes. E quando acabou, eles retornaram no carro para recarregar.

Bandido de cabelo verde-escuro com piercings nas orelhas (perguntando enquanto dirigia): “Vocês não derrubaram o cara ainda?!”

Bandido de cabelo laranja (recarregando): “Ele é muito ágil na moto! Precisamos de mais munição para derrubá-lo.”

Bandido de cabelo verde-escuro com piercings nas orelhas (ordenando furiosamente): “Então faça rápido!”

Ao recarregarem suas armas, deu a oportunidade de Phantom pegar a pistola laser dele e prepará-la em combate. Esperando para ver um dos bandidos voltar a atirar, foi analisar o cenário. E ao ver o primeiro cara a sair pela janela, apontou a pistola e puxou o gatilho, atingindo o braço direito para imobilizar.

Bandido de cabelo laranja (gritando ao sentir seu braço imobilizado): “Argh!”

Bandido meio careca com faixas roxas na cabeça (gritando): “Ele está atirando!”

Bandido de cabelo verde-escuro com piercings nas orelhas (ordenando): “Mate-o!”

Phantom esperou mais um pouco. Vendo que o primeiro alvo atingido tornou a atirar novamente, puxou o gatilho da pistola. Só que agora, apontada na cabeça.

Bandido de cabelo verde-escuro com piercings nas orelhas (gritando ao ver o de laranja ser morto com um tiro na cabeça): “Barnnes!”

E quando o corpo caiu para fora do carro, rolou no chão devido à velocidade e cinética do veículo e de ser atirado com força.

O outro que estava atirando tornou a atirar novamente. E desta vez, um dos tiros acertou uma das rodas da moto.

Bandido meio careca com faixas roxas na cabeça (vendo o tiro acertar com êxito na roda da moto): “Acertei.”

Phantom quase perdia estabilidade, mas viu uma rampa que pudesse exercer um impulso para alcançar o carro roubado. Pegando essa rampa, ele foi subindo até o mais alto do local.

Os bandidos ao verem que só tinha a viatura que os perseguia, ficaram um pouco aliviados achando que o agente havia sumido. Mas o que não esperavam, é que Phantom se preparava para avançar neles.

Ganhando velocidade e ao ver o término da borda, o agente aciona o piloto automático no veículo e dá um salto para fora, indo em direção onde o carro passaria. Era uma silhueta visível no meio do céu, visto daqueles que estavam no chão.

Os bandidos ouviram um som de que algo caiu em cima, e ao perceberem que ele os alcançou, o roxo tentou dar um jeito ao se colocar para fora com a metralhadora na mão. Phantom pegou o cano da arma e deu umas sacudidas que jogou com força o portador da arma para fora do carro. O bandido do cabelo verde-escuro viu o colega rolando no chão, arrebentando a cara e o corpo. Pegando um rifle que restava no carro, se preparou no caso de ser abordado pelo policial.

Phantom continuava no alto do veículo. Percebendo que havia apenas um, se preparou para entrar no veículo e derrubar o piloto. Colocando a cabeça na janela direita, se recuou no momento em que o bandido começou a atirar. Invadir pela direita era ruim, o jeito então é pela esquerda. O homem sabia que o seu perseguidor ainda estava lá fora, então começou a atirar para cima. Phantom se esquivava para um lado quando as balas subiam. Vendo a brecha pela esquerda, ele se posicionou e pulou para dentro.

Entrando, deu um chute no rosto do bandido e os dois começaram a trocar socos. Felizmente, o piloto automático foi acionado, o que não haveria problemas. O cara socou o rosto de Phantom e ao pegar o rifle, os dois se debatiam para tomar a arma. De repente, ao apertar o gatilho, acabou atingindo o volante e o painel do veículo, o que fez ele perder estabilidade e tombar quando bateu na beira da pista.

O veículo caiu, e de lá o homem do cabelo tingido saiu primeiro, com um rosto parcialmente pintado de sangue. Mal conseguia ficar de pé mas conseguia andar. Tomando distância do veículo tombado, ele tenta escapar ileso. A situação mudou quando ouviu alguém sair do veículo. Era o Phantom.

Bandido de cabelo verde-escuro com piercings nas orelhas (pensando assustado ao ver o durão sair inteiro e vivo do carro): “Cacete!

Começou a sair correndo do policial. Phantom, que estava intacto graças a armadura dele, e uma camada de bolhas amortecedoras de impacto, viu que seu alvo fugia para longe. Voltou a perseguição de gato e rato com dois humanos.

Entrando num prédio, o foragido começou a atirar no alto, assustando os clientes, visitantes e civis inocentes. Tornou a subir para o alto. O agente entrou em seguida e foi atrás do bandido. Os dois correram no interior do prédio. Em alguns momentos, quando estavam na mira de suas armas, começavam a trocar tiros de pistola e rifle. Eles se esquivavam com os tiros.

Phantom pegava um pente de energia para a sua pistola e recarregá-la. Com alguns de seus componentes cibernéticos que amplificavam seus sentidos, pode ouvir os passos de seu alvo que tomavam distância. Ele voltou na perseguição.

Ouvindo o cara entrando num quarto, o agente se aproximava da parede na qual a porta se encontrava. Com a pistola na mão, ele entrou com tudo e se depara com uma situação nada agradável. O bandido do cabelo verde-escuro havia feito uma refém. Uma humana de 19 anos, que estava para se vestir após seu banho.

Phantom 71-T9: “Nós dois sabemos que não precisa acabar desse jeito.”

Bandido de cabelo verde-escuro com piercings nas orelhas (segurando a moça mais forte e apontava o cano na cabeça): “Mas é claro que sim. Você matou Stew e Barnnes. Eles eram bons homens.”

Phantom 71-T9: “Bons homens não costumam tirar vidas e machucar pessoas, seja humanos ou alienígenas.”

Bandido de cabelo verde-escuro com piercings nas orelhas (segurando a moça mais forte e apontava o cano na cabeça): “Calado! Alienígenas não merecem viver no mesmo planeta que nós, os humanos.”

Phantom 71-T9 (encarando o bandido enquanto ajustava uma mira laser por meio do visor dele, sem que o punk pudesse ver): “Se acredita tanto nisso, por que não procura outro mundo para morar que sejam apenas humanos?”

Bandido de cabelo verde-escuro com piercings nas orelhas (apertando mais o braço da moça): “Porque aqui é o meu lar. Se não me deixar sair daqui em paz, vou estourar os miolos dessa vadia!”

Phantom 71-T9 (concluindo a sua mira laser no alvo): “Sempre ameaçando civis. Que baixaria a sua.”

Ao ter ajustado a mira, Phantom direcionava o laser na cabeça do bandido, e num instante, um feixe concentrado perfurou a cabeça que deixou uma marca incandescente, como se fosse magma. Largou o braço da moça e a arma no chão. Ela correu nos braços de Phantom chorando.

Phantom 71-T9 (confortando a refém): “Não se preocupe. Está segura agora. Ele está morto.”

Moça humana (chorando): “Brandon… Meu… Brandon. Ele matou o meu Brandon.”

Phantom viu que era um rapaz de 20 anos, com tiros no peito e na cabeça.

Phantom 71-T9: “Brandon. Ele era seu conhecido?”

Moça humana (chorando): “Estava para passar a lua de mel comigo.”

O agente chamou uma equipe de policiais com vários sacos para cadáveres.

////

Um carro roubado. Estado: Arruinado. Dois humanos feridos. Gravidade: Leve. Um alienígena. Morto. Quatro humanos. Mortos. Tudo isso num único dia.

Phantom estava fora do prédio, olhando para o último saco sendo levado para o veículo policial. A moça não estava bem. Perder alguém que tanto amava não era uma experiência agradável de todas. Em seguida, um oficial chega até Phantom. Utilizando o mesmo uniforme que ele, porém não usava um capacete igual ao dele.

Ralph Armstrong, homem caucasiano, de 25 anos. Ele é o Comandante da Polícia Metropolitana, mas que atua como parte da DPOE. Apesar de sua patente ser mais alta do que a maioria dos outros oficiais, o agente era superior em nível hierárquico.

Phantom 71-T9 (sem sentido): “Diga, Ralph.”

Ralph Armstrong: “Phantom, o Chefe Stone ligou. Ele informa que o General Gavorsky fará uma visita ao Departamento. Ele gostaria de conhecê-lo.”

Phantom não parecia se importar com aquilo.

Phantom 71-T9 (sem sentido): “Outro dia, Ralph.”

Ralph Armstrong: “Mas senhor, Gavorsky não aceitaria um ‘outro dia’. Ele quer conhecê-lo hoje.”

Phantom 71-T9 (andando até a sua moto): “A missão de deter os punks acabou. Eu não quero me envolver demais com assuntos de Gavorsky ou de qualquer General do Governo.”

Ralph Armstrong (sugerindo enquanto acompanhava o agente): “Só pelo menos, finja que vai se importar com o encontro.”

O agente suspirou. Não tinha disposição com o encontro. Mas precisou aceitar, mesmo que não era de seu interesse.

Phantom 71-T9 (insatisfeito): “Muito bem. Voltarei para o Departamento e tentar satisfazer a vontade do General.”

Phantom subiu em sua moto e deu a partida para ir no DPOE. Continuava intacta depois da perseguição, com alguns furos de bala.

////

De volta a onde estava, precisei colocar o meu carro no estacionamento. O Banco estava à quatro quilômetros daqui Andava para exercitar minhas pernas. É para um ser vivo exercitar seu corpo a cada momento. O Governo incentivou as pessoas e os alienígenas se exercitarem antes e após a cada hora, seja nos estudos, no trabalho, em casa e fora em viagem.

Não é muito comum aqueles que serviram na Guarda Militar a saírem uniformizados no meio da rua, fazendo coisas comuns da vida, como ir ao banco, comer fora, fazer compras ou assistir algum filme no cinema. Atualmente, as coisas funcionam de forma muito diferente. Por exemplo, se está para almoçar e precisa dos ingredientes para uma caçarola de batata com frango, em vez de ir ao supermercado ou a uma feira, as geladeiras vêm com um sistema de pedidos, onde digitando um determinado item na sua lista de pedidos, ele o envia para o supermercado ou feira próxima e o pagamento é feito no cartão de crédito. Os cartões de crédito de hoje possuem todas as suas contas bancárias e credenciarias e o dinheiro que recebe, gasta, perde ou investe está contido como unidade monetária eletrônica nestes cartões, denominada de E-Coin. Alguns cinemas e teatros possuem filmes com ambientes além do 3D, onde os próprios clientes podem interagir com o ambiente enquanto assistem ao filme ou apresentação teatral. Mas as vezes, algumas das coisas que eram feitas de antes perderam importância que ficaram obsoletos, como ir a uma loja, supermercado, padaria ou em qualquer lugar e escolher alguma coisa que interessa. Tudo ficou muito centralizado em casa.

Passei num parque para olhar um pouco o gramado, a fonte de água, as pessoas se divertindo um pouco com suas famílias. Algumas delas com suas mascotes. Depois da guerra que tivemos com os Warrens, muitas espécies de animais e plantas foram recuperadas graças aos Nadeeco Naem’jeen, outras se foram para sempre. E infelizmente, nem todas as pessoas têm mais o interesse para sair de casa, organizar um piquenique com a família, trazer seu cachorro e um disco de arremesso ou alimentar os pássaros. Com os avanços da tecnologia, os jovens preferem se trancar no quarto ou na sala com seus videogames de realidade virtual, ou como chamamos de jogos multifásicos. Eu não tenho cachorro no meu apartamento, devido ao Henrich não ser programado para cuidar de um enquanto estiver fora e o quarto que moro é muito pequeno. Mas queria poder ter um. Boa parte da minha vida tenho sido um homem solitário, sem ter alguma companhia e de família, só tenho minha mãe, alguns tios e primos que se casaram e tiveram filhos após a guerra. Pena que nenhum deles costumam vir para cá e me fazer visita. Só as vezes recebo ligações da minha mãe. As vezes passo ao lado do quarto de minha vizinha, Teresa. Ela é gentil comigo e me prepara um almoço quando me convida. Os últimos dias ela passou por uns problemas por causa de seu namorado, Douglas. A razão foi que se envolveu com problemas de álcool e até se meteu em brigas e foi preso pela polícia.

Encostei meus braços na barra para contemplar o jardim. E em seguida, suspirei. As vezes não costumo suspirar por nada. Outras porque sinto falta de algo ou alguma coisa na vida.

Antes que eu pudesse retomar meu curso, uma senhora se encontrava no banco ao lado do meu. Notei que ela jogava algumas migalhas de pão para os pássaros comerem. Apesar de não haver uma placa dizendo para não jogar migalhas de pão no chão e eu não era mais um oficial ativo, resolvi vê-la.

Senhora (olhando para os pássaros): “Tá um belo dia para um passeio, não é?”

Ela utilizava um par de óculos escuros além de um lenço em torno de sua cabeça e pescoço. A pele era um pouco morena e suas vestes bem largas e longas.

Ford Darbbin: “Talvez. Mas eu não definiria isto como um passeio.”

Fiquei do lado direito dela enquanto a via retirando outra porção de migalhas de um estojo para alimentos.

Ford Darbbin: “Você sempre vem para cá e alimenta os pássaros?”

Senhora (olhando para os pássaros): “Sempre. Quase não vejo ninguém por aqui que venha para alimentá-los.”

Ford Darbbin: “Claro. E também em alguns lugares da praça há postes com ração para pássaros. E quando não aparece um para comer, eles costumam chamar os robôs aspiradores para recolher as sobras.”

Senhora (olhando para os pássaros): “Verdade. Pena que eles não enxergam algo muito atrativo nas rações. As vezes eles preferem algo mais interessante quando vem de casa.”

A senhora retirou uma nova porção de migalhas e foi jogando no chão. Os pássaros não se incomodavam com a minha presença quando beliscavam aqueles pedaços. Olhei para o relógio no poste e me dei conta que estavam perto das 11 horas.

Ford Darbbin: “Desculpe por ter que encerrar esta conversa de forma repentina, mas eu tenho que ir.”

Senhora (olhando para os pássaros): “Eu entendo.” (num instante, ela virou seu rosto para mim) “Tem algo muito importante que você precisa resolver. No Banco San Royal.”

Ouvindo aquilo, fiquei surpreso. Como ela sabia que eu estava ir ao Banco San Royal sem eu ter dito para onde eu ia?

Ford Darbbin (surpreso): “Como? Como sabe para onde eu vou?”

Senhora: “Eu sei que tem muitas perguntas. Capitão Ford Darbbin. Sei que você precisa ir para lá e tratar de algo importante lá.”

Quem era ela? Como sabe o meu nome? Eu mal a conheço e só a vi hoje.

Ford Darbbin (engolindo seco enquanto estava surpreso): “Quem é você?”

Ao me levantar, os pássaros levantaram voo após sentirem a minha perturbação.

Senhora: “Sobre quem sou eu está além da compreensão, mas posso dizer que conheço bastante coisa.” (olhando para o chão) “Tudo o que sei é que você deve ter cuidado ao seu redor. Sei que o seu mundo passou por um momento difícil quando você lutou pela humanidade e a salvou de um fim terrível. Mas isto não quer dizer que o mal acabou.”

Eu não fazia ideia do que ela está falando. Do nada alguém com aparência de uma velhinha que dá migalhas de pão para pássaros surge na minha vida e fala de uma possível reorganização de forças hostis querendo outra vez testar a nossa resolução e nos derrotar.

Senhora: “Forças ocultas se movem pelas sombras destas grandes cidades, querendo tomar conta do seu planeta e de suas vidas. Inclusive a sua, Capitão.”

Ford Darbbin (surpreso): “E… sabe mais ou menos quem são eles?”

Senhora: “Isto eu não posso te dizer com certeza. Só sei que não deve abaixar a sua guarda e deixar que o seu mundo caía nas mãos deles.”

Eu tinha várias perguntas para fazer a ela. Entretanto, o meu tempo aqui no parque já acabou. Eu precisava ir ao banco o quanto antes. Os pássaros retornaram daquele espanto a fim de receberem mais migalhas. E antes que pudesse dizer adeus, tornei a agradecê-la.

Ford Darbbin: “Eu não sei no dizer a respeito disso, mas, eu agradeço pela conversa.”

Me levantei do assento a fim de continuar andando até o meu destino.

Senhora (sorrindo): “Espero poder te ver outra vez, meu jovem.”

Ford Darbbin: “Quem sabe, se as condições e o tempo puderem favorecer.”

Senhora: “Eu também espero. Até mais, Capitão Ford Darbbin.”

Eu me despedi dela e retomei o meu caminho até o banco e resolver aquele assunto dos novos benefícios do Governo. Não sei se aquela breve conversa com aquela senhora possa trazer algum tipo de benefício. A única coisa que posso dizer que devo ficar alerta para o que possa acontecer de agora em diante.

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